Como Eu Vi Todos os Países do Mundo (Menos Um)

Como Eu Vi Todos os Países do Mundo (Menos Um)

20 de Março, 2010 0
Como eu vi todos os países do mundo (menos um)

Autor: José Megre
Editor: Dom Quixote
Ano de Edição: 2010
N.º de Páginas: 546
39,60 €

“Com a publicação deste livro esperamos, também, poder contribuir para que os leitores apaixonados por viagens e aventuras encontrem aqui um motivo para alargarem ainda mais os seus horizontes.” (Ricardo Megre e José Tomás Megre)

José Megre (1942 –2009)começou a viajar de automóvel pelo estrangeiro com os seus pais aos 13 anos, e desde então nunca mais parou. Atravessou 15 vezes o deserto do Sahara, em 6 itinerários diferentes, cruzou a Europa e a Ásia por 3 vezes, fazendo duas travessias entre o Atlântico e o Pacífico, uma no rali Paris Paris-Pequim, outra no comboio Transiberiano e ainda outra que o levou de Lisboa à Índia, Nepal, Butão e Tibete de automóvel.

Nos dois continentes americanos, atravessou por duas vezes os Estados Unidos e uma vez o Canadá. Percorreu todos os países da América Central e, por 4 vezes, a América do Sul em viagens sempre por itinerários diferentes. Deslocou-se à Antárctida, no navio Explorer e percorreu cerca de 20 000 quilómetros na Austrália.

Além de “inventor” do todo-o-terreno em Portugal, este viajante compulsivo, esteve em 193 dos 194 países soberanos reconhecidos no planeta – só lhe faltava o Iraque. De notar que, as viagens de José Megre não eram feitas unicamente para conseguir o carimbo no passaporte. Fazia vários km de modo a conhecer o melhor possível os países por onde passava.

– Lisboa – Bissau (1990, 1992)
– Bissau – Lisboa (Patrol Ténéré 1991)
– Lisboa – Cidade do Cabo (1992)
– Capetown – Nairobi – Turkana (1997)
– New York – Los Angeles (TansAmérica 1993)
– América do Sul (Terrano II Sul América 1993, 1994)
– Lisboa – Katmandu – Goa (Nissan – Caminhos da Ásia, 1996)
– Guatemala – Panamá (1996)
– Caracas – Rio de Janeiro (1996)
– Ushuhaia – Buenos Aires (1997)
– Bombaim – Butão – Nepal – Tibete (Terrano II Tibete, 2001)
– Oklahoma City Seattle (2001)
– Vancouver – Quebec Transcanada (2001)
– Lisboa – Líbia (Tripoli – Ghat) – Lisboa (2006)
– Lisboa – Nouakchot – Lisboa (2006)
– Lisboa – Maputo (2007)
– Arábia Saudita (2007, 2008)

“José Megre foi, seguramente, o maior viajante português dos nossos tempos. De todos os países e territórios, apenas a sua morte, acontecida há um ano, o impediu de ir ao Iraque. Megre não era um turista, era um viajante. O seu objectivo não era chegar ao final, ao lugar tal, era a viagem em si mesma, o caminho para lá chegar que o motivava. Viajou muito mas nunca o fez de uma forma vazia de conteúdo. Informava-se, lia muito antes de partir, levantava questões e depois, no terreno, tentava dar-lhes resposta.

(…)Uma das suas grandes paixões era a descoberta da Portugalidade, conhecer, ver e sentir, os caminhos traçados pelos nossos compatriotas, ao longo da nossa história.

Acompanhei-o em algumas dessas viagens a África (em que chegámos a cruzar todo o continente até ao Cabo da Boa Esperança), seguindo às vezes as rotas dos escravos ou as rotas do ouro, das costas da Gâmbia até ao interior do Império do Mali; na América do Sul ( com a descoberta das missões portuguesas do século XVII, dos caminhos dos Bandeirantes), do garimpo do ouro e da travessia da Amazónia; na Ásia, com uma viagem entre Paris e Pequim, ou a ida ao Tibete e a descoberta, numa aldeia chinesa perto da fronteira com o Quirguistão, de um fantástico ourives cinzelador cego, que fazia as mais belas obras em ouro apenas pelo tacto.

(…)José Megre era igualmente um homem sensível e por muitas vezes lhe vi as lágrimas nos olhos, nas visitas às ruínas de Baçaim e de Chaúl, antigas praças portuguesas na costa do Hindustão, na visita a Fattypussycri, a capital do Império Mogul do imperador Akbar, que teve como mulher a portuguesa (de Goa) Mariana, nessa Índia fabulosa do séc. XVI. E as fortalezas do Mar Roxo, e da Costa do Malabar e a emoção sentida na foz do rio Mekong, na fronteira entre o Camboja e o Vietname, quase sentindo o esforço heróico de Luís Vaz de Camões desesperadamente a lutar contra as águas para salvar o seu original dos Lusíadas.” – António Mendes Nunes, amigo de José Megre (em Ionline)

Fontes: mediabooks, ttverde.pt, ionline

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