Raptaram o Ronald do McDonald’s…
Uma organização filandesa auto-intitulada Frente de Libertação Alimentar roubou o boneco Ronald do McDonald’s de um restaurante na Finlândia e colocou um vídeo no YouTube com as suas reivindicações. Pedem um maior cuidado em relação àquilo que comemos.
No fim, ameaçam executar o “refém” se não obtiverem respostas até dia 16 de Fevereiro.
Deixam claro que não têm nada contra a fast food: “Adoramos os hambúrgueres e as batatas fritas”. Contudo, consideram que não podem ficar indiferentes ao facto de os alimentos estarem a ser “destruídos pela cobiça e indiferença“.
As questões que o grupo coloca são:
1. Porque é que não comunicam os processos de fabrico, as matérias-primas e os aditivos utilizados nos vossos produtos? Do que têm medo?
2. Quantas toneladas de resíduos não-recicláveis produzem por ano? Porque não publicam esses números?
3. Vocês trabalham com empresas “não-éticas” que têm imigrantes ilegais? Porquê?
4. Porque não assumem a responsabilidade pelas consequências dos vossos produtos na dieta alimentar das pessoas? Porque não procuram prevenir a obesidade, diabetes e os falecimentos relacionados?
5. Porque não usam apenas carne eticamente produzida? Não acham que deveriam servir carne de animais que tenham tido uma vida boa, limpa e livre de drogas?
6. Porque é que os custos de produção barata são parte da vossa estratégia?
7. O vosso único objectivo é maximizar os lucros dos vossos proprietários? O que acham que aconteceria se começassem a produzir qualidade para os vossos clientes?
8. São uma empresa global que atinge uma parte significativa da população mundial. Porque é que usam o vosso poder com visão curta, apenas para maximizar os lucros e não para criar um mundo melhor?
Algumas das críticas apontadas pela Frente de Libertação Alimentar no seu site:
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A McDonald’s esconde o tipo de gorduras que usa. Não responde aos resultados de investigações que mostram que algumas das gorduras do McDonald’s causam dependência comparável à cocaína ou heroína.
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A McDonald’s usa carne de animais que foram alimentados com rações geneticamente modificadas (soja e milho). 70% da soja do mundo é geneticamente modificada.
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A McDonald’s usa glutamato monossódico, E621, e outros realçadores de sabor nos seus produtos. O glutamato monossódico causa hiperatividade em crianças e distúrbios no sistema nervoso, anteriormente designados como o “síndrome do restaurante chinês”. Os realçadores de sabor permitem o uso de matérias-primas baratas e pobres porque dão um sabor artificial.
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A McDonald’s utiliza xarope de milho com alto teor de frutose (HFCS). O HFCS é um dos responsáveis pela obesidade ocidental. É o mais barato de todos os adoçantes e 10 vezes mais doce que o açúcar comum. Todas as principais cadeias de fast food nos Estados Unidos já abandonaram o seu uso.
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A McDonald’s usa carne bovina produzida com hormonas de crescimento. Utiliza carne que, devido às condições de produção, teve que ser criada com antibióticos. Os antibióticos são usados porque as condições de vida dos animais e a densidade dos mesmos são contrárias às condições naturais, o que torna os animais mais doentes e stressados.
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A McDonald’s colabora com matadouros e quintas de frutas e vegetais que utilizam mão de obra barata de imigrantes ilegais.
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A McDonald’s não investiga as doenças causadas pelos seus alimentos. Não procuram a prevenção ou o tratamento das mesmas.
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