Liberdade – Contos que Celebram a Declaração Universal dos Direitos Humanos
“Liberdade” apresenta-nos um conjunto de contos de alguns dos melhores autores de ficção da actualidade, como Yann Martel, Henning Mankell ou Paulo Coelho. No ano em que se comemoram os 50 anos da Amnistia Internacional (2011) e os 30 anos da secção portuguesa desta instituição, cada um dos 36 textos é inspirado num artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O resultado é uma mistura provocadora de histórias que nos levam aos quatro cantos do mundo, nos desafiam e iluminam.
Ao comprar este livro está a ajudar a Amnistia Internacional
«Impressionante.» | The Bookseller
«Comoventes e por vezes arrepiantes, estas histórias pintam um quadro vigoroso da luta contínua para garantir a dignidade essencial.» | Publishers Weekly
TÍTULO: Liberdade
Contos que Celebram a Declaração Universal dos Direitos Humanos
Autores: Andrew Motion, Patricia Grace, A. L. Kennedy, James Meek, Marina Lewycka, Mohammed Naseehu Ali, Gabriella Ambrosio, Joyce Carol Oates, Walter Mosley, David Mitchell, Ariel Dorfman, Amit Chaudhuri, Petina Gappah, Milton Hatoum, Ali Smith, David Constantine, Jon Fosse, Kate Atkinson, Banana Yoshimoto, Alexis Wright, Helen Dunmore, Héctor Aguilar Camín, Paulo Coelho, Mahmoud Saeed, Richard Griffiths, Juan Goytisolo, Yann Martel, Chimamanda Ngozi Adichie, Nadine Gordimer, Xiaolu Guo, Alice Pung, Ishmael Beah, Alan Garner, Liana Badr, Rohinton Mistry, Olja Knezevic e Henning Mankell.
EDITOR: Editorial Presença
PREÇO: 24.50 euros
“O acto de contar histórias é muito antigo. É uma forma antiga e poderosa que nós, os seres humanos, sempre usámos para comunicar.
Durante as nossas vidas contamos e ouvimos histórias e sempre que o fazemos estamos a construir as nossas pontes. As nossas histórias são levadas pelo nosso alento até às mentes e aos corações de outros.
As histórias interpretam o mundo que nos rodeia, a natureza, as estrelas, o movimento do mar, a própria vida. Exploram o passado, ligam ao presente, imaginam o futuro. Transmitem as nossas diferentes Histórias, culturas, tradições, espiritualidade e moralidade através dos tempos.
E as histórias entretêm e divertem, provocam e inspiram. Através delas, olhamos para o mundo em que vivemos, vemos as pessoas que somos, as pessoas que podemos ser e compreendemos que somos humanos. Em muitas partes de África, temos uma palavra intraduzível para «humanidade», para «condição humana» — ubuntu. No cerne deste conceito, desta filosofia, em todas as suas versões, a mensagem é esta: uma pessoa é uma pessoa por causa das outras pessoas.
As melhores histórias imaginadas transmitem, transportam sempre em si, o círculo da verdade e da realidade humana, enquanto as histórias da vida real transportam a alegria do amor e da realização ou contam verdades penosas sobre o tormento da desumanidade. Tocam o coração e estimulam a imaginação, como as histórias incluídas nesta maravilhosa colectânea demonstram. Na Comissão Verdade e Reconciliação, na África do Sul, assisti ao testemunho de muitas pessoas extraordinárias que contavam as suas próprias histórias com dignidade por entre as suas angústias e traumas. Estas histórias são a matéria-prima da História, iluminam ou turvam os olhos não só do narrador como do ouvinte.
Este livro Liberdade é uma antologia de histórias que celebram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Já passaram 60 anos desde que as Nações Unidas adoptaram a Declaração, um empreendimento notável em si mesmo, sendo a primeira proclamação internacional sobre a dignidade inerente a todas as pessoas e sobre a igualdade dos seus direitos. Ela ergueu-se, como uma fresca alvorada, por entre as terríveis sombras da 2ª Guerra Mundial. É a base, o fundamento, de toda a lei internacional dos direitos humanos e contém ainda em si um enorme valor ético para todos nós, seja qual for o lugar do mundo em que aconteça vivermos.
O facto de as esclarecidas expectativas abertas pela Declaração, a defesa e afirmação da liberdade individual, a protecção social, a oportunidade económica e o dever para com a comunidade, ainda hoje permanecerem por concretizar para tantas pessoas constitui uma enorme tragédia. Mas o facto de tantas pessoas hoje o saberem, saberem que estes direitos pertencem a todos nós e defenderem os nossos direitos, é um permanente e sólido sinal de esperança de que a humanidade prevalecerá.
Porque são os nossos direitos humanos tão cruciais? É porque cresceram a partir do grande instinto da humanidade acerca do que é justo, daquilo que está certo. Todos nascemos livres, tal como diz a Declaração. Fomos criados para a bondade e para a justiça; não fomos criados para a ganância, para o egoísmo e para a crueldade, nem para ser escravizados pelos caprichos de outros. Os ditadores e aqueles que os mantêm no poder preferem ignorar que vivemos num universo moral e que é importante distinguir entre o que está certo e o que está errado.
A prova da moral inerente ao Universo é que todos nós ficamos chocados quando deparamos com abusos — quando, por exemplo, vemos longas filas de refugiados a fugir de atrocidades. E todos conhecemos a verdadeira bondade, a verdadeira compaixão, quando a encontramos, porque ela resplandece, muitas vezes no ambiente mais humilde.
Fico sempre muito impressionado quando vejo pessoas a sacrificar o seu conforto, e mesmo a arriscar as suas vidas, para ajudar outros onde e quando se dão conta de uma ofensa ou de uma injustiça. Isto acontece — e com mais frequência do que se possa pensar — porque não somos entidades isoladas operando no meio do vazio. Não, nós estamos todos interrelacionados e o nosso comportamento, seja bom ou mau, repercute-se na sociedade e sobre sucessivas gerações. Trata-se, mais uma vez, de ubuntu e constitui a essência de ser humano. Se desumanizarmos os outros, desumanizamo-nos a nós mesmos.
E o que é que a arte e a literatura têm a ver com os direitos humanos?
Estão ambas associadas a este maravilhoso talento que nós, os humanos, temos: a empatia com os outros. Se, por ler alguma das histórias inseridas nesta antologia, for capaz de se colocar, ainda que apenas por um momento, no lugar das outras pessoas, de se meter mesmo na sua pele, então isso já constitui um grande feito. Através da empatia, superamos os preconceitos, desenvolvemos a tolerância e compreendemos a essência do amor. As histórias podem trazer compreensão, remédio, reconciliação e unidade. O que nós próprios sentimos pela sua verdade intrínseca, a nossa capacidade para criar empatia com os outros, aproxima-nos de Deus.
Se está a ler este livro, são muitas as probabilidades de que tenha, pelo menos, alguma das vantagens da liberdade — teve acesso à educação e sabe ler, pode permitir-se comprar este livro ou vive num país onde existem bibliotecas que emprestam livros e, finalmente, tem permissão para ler este livro, o qual está indubitavelmente proibido em muitos países do mundo. Todos nós, seja onde for, temos a responsabilidade de tentar e de conseguir melhorar as coisas.
Este é verdadeiramente um grande livro da Amnistia. Aproveitar os talentos criativos dados por Deus a estes escritores maravilhosos e estabelecer a sua ligação com cada artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos é o resultado de uma grande inspiração. Fomos feitos para o sublime e para a liberdade: tenho a esperança de que estas histórias nos ajudarão a alcançar ambos. Para estes escritores, contribuir com os seus extraordinários presentes para a causa dos direitos humanos é um sinal de que a injustiça não terá a última palavra.”
Anónimo
É… isto é tudo muito lindo… Palavras escritas em papel em claro contraste da acções que TODOS nós permitimos que aconteçam…
Aliás bastou ver o símbolo na foto para saber que mais não passa de campanha barata para fazer dinheiro…
Por esta altura já está a Mab a pensar "Possa… este tipo é mesmo do contra"…
Ah a Liberdade….
Por falar em árabe… Líbia… ainda se lembram? Já não! É natural… entretanto as Forças Armadas dos Terroristas Ocidentais, tcp OTAN (NATO) andaram a divertir-se a lançar bombas de fragmentação sob o Povo Líbio para o Proteger e para o Libertar da Tirania… realmente é verdade se morrerem ficam livres de certeza… ora fica aqui o vídeo…
Já devidamente etiquetado pela Corporação Youtube (aliada dos T.O.) com "…as being potentially offensive or inappropriate"
Então gostaram de observar como se espalha a Democracia e a Liberdade?
Não sei porque só os árabes é que têm direito a ela!
Mas agora vão depressa comprar o "livro dos contos" e façam de conta de que nada se passou na Líbia… no Congo… na Serra Leoa… na………
29 de Setembro, 2011UniPlanet
Pois, Voz, acho que já estamos todos cansados de saber que a NATO não anda propriamente preocupada com Direitos Humanos, bem pelo contrário…
4 de Outubro, 2011Anónimo
Pois é, mas o mais grave é que a NATO só entra em acção após aprovação da UN, ou após decisão unilateral do EUA que podem ser apoiados ou não, depende do lucro, pelo Reino Unido…
5 de Outubro, 2011