Staffan Lindberg – A Nutrição e as Doenças da Era Moderna
Staffan Lindberg é um médico e investigador sueco, especialista em nutrição, que realizou um estudo sobre um povo que não tem doenças da Era Moderna. Nos anos 90, este médico trocou a sua casa por uma ilha nos Antípodas na Papua-Nova Guiné, juntamente com a sua família, e passou a viver na ilha de Kitava para estudar a população do ponto de vista médico.
“O meu objetivo era saber se seria possível que as doenças mais comuns nos países europeus estivessem mais ou menos ausentes ou mesmo completamente ausentes nesta sociedade.”
A hipótese foi levantada com base em estudos anteriores de antropologia e etnologia; faltava um estudo no campo da medicina sobre os hábitos particulares deste povo, muito semelhantes aos dos nossos antepassados Homo sapiens.
“Eu estava à procura de vestígios de doença coronária, apoplexia e de outras doenças cardiovasculares comuns.”
E o resultado:
“Não as encontrámos. Isto reforça a ideia de que a maioria das doenças comuns nos países ocidentais pode ser evitada. Claro que podemos pensar que estas pessoas são geneticamente diferentes de nós mas quando mudam para a cidade passam a ter estas doenças.”
Foram estudadas 2300 pessoas na ilha de Kitava, mais 23000 pessoas de outras ilhas Trobiand; a ausência das chamadas doenças da Era Moderna dá que pensar… Numa sociedade de contornos primitivos e em que as mortes ocorrem geralmente por infeções ou por acidentes, os idosos mantêm-se ativos até tarde e não há sinais de demência ou de falta de memória.
“É muito difícil de provar mas eu acho que a grande explicação é a nutrição, muito mais importante do que outro factor do estilo de vida.”
A alimentação dos habitantes das Trobiand é constituída por vegetais e raízes, peixe e grande quantidade de frutos; a ingestão de vitaminas, minerais e fibras é muito elevada e a de gorduras muito baixa.
“Eles não comem o tipo de alimentos que fornecem a maior parte das calorias nos países europeus. 70% ou mais das calorias, em países como a Suécia e acho que em Portugal é semelhante, vem dos cereais, lacticínios, margarina, óleos, gorduras refinadas e açúcar. É daqui que vem a maior parte das calorias. E, ainda por cima, temos um elevado consumo de sal. Acho que é algures aqui que reside a explicação“, explica Staffan Lindberg.
A dieta natural dos habitantes de Kitava e das Trobiand é o que os nutricionistas atualmente apelidam de dieta do Paleolítico, para a qual o organismo humano está adaptado – cereais e comidas industriais são ainda demasiado recentes na história da evolução. Estudos como este reforçam a ideia de que muitas das doenças que sofremos podem ser evitadas.
Joao Franco
Acabei de adicionar o seu blog não só aos meus favoritos como tambem a minha lista no meu blog.
Muito bom!
5 de Novembro, 2013HARLEQUIN
Very good work! Have a great day!
26 de Novembro, 2013Unknown
Gostámos muito e já estamos a seguir!
8 de Março, 2014Acreditamos que a responsabilidade é de todos no que toca à preservação do meio ambiente. O nosso lema é passar a mensagem e multiplicar os gestos.
Saudações
Maria Terra
Bruno
Que bom saber, eu escrevo sobre isso no http://www.paleolitica.net, comecei faz pouco tempo, a dieta paleo vem tomando bastante força nos EUA.
17 de Novembro, 2016