Trabalhar Vai Ser Opcional na Finlândia
A Finlândia quer testar como será o comportamento da sua população se todos receberem um rendimento mínimo sem precisarem de trabalhar.
A experiência do rendimento básico incondicional deve começar em 2016 para toda a população, independente da situação social ou da idade.
O objetivo do governo com esta iniciativa é trocar as diversas ajudas financeiras sociais por apenas uma, de valor fixo e igual para todos e assim combater a pobreza, pois hoje, em algumas regiões, têm um índice de desemprego da população ativa de 20%.
Outro objetivo desta ideia é reduzir os gastos com programas sociais, aperfeiçoando os serviços e reduzindo o número de funcionários públicos necessários.
“Sempre existiram e sempre existirão pessoas que escolhem viver de uma maneira frugal, com muito pouco dinheiro, e são felizes assim. Não há muitos estudos científicos sobre quantas pessoas se enquadram neste caso”, indica o economista Marc de Basquiat, autor de uma tese sobre o assunto na França. “Mas as pesquisas já feitas na França, nos Estados Unidos ou no Canadá mostraram que o número daqueles que param completamente de trabalhar é muito marginal. É preciso acabar com a fantasia em torno desse assunto: em regra geral, as pessoas querem se integrar na sociedade e, para isso, elas exercem uma atividade”, explica.
O valor estipulado apontado por especialistas será entre os 400€ e os 700€.
Uma pesquisa recente mostra que 80% dos finlandeses estão de acordo com a iniciativa.
“O objetivo é dar escolhas às pessoas sobre como vão trabalhar. Se elas querem trabalhar em tempo integral, em part-time, ou mudar para um trabalho que faça, de facto, sentido para elas”, explica Nicole Teke, coordenadora internacional do Movimento Francês por um Rendimento Básico (MFRB). “O mais difícil é mudar a mentalidade das pessoas sobre este assunto, fazer com que percebam que o trabalho pode ter um outro valor. É mais uma questão de mentalidade do que de economia.”
Fonte: RFI
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