O Massacre de Wounded Knee (29 de dezembro de 1890)
O Massacre de Wounded Knee ocorreu a 29 de dezembro de 1890, perto de Wounded Knee Creek (dacota: Čhaŋkpé Ópi Wakpála), na Reserva Indígena de Pine Ridge, em Dakota do Sul, onde cerca de 200 índios Sioux, incluindo mulheres e crianças, foram assassinados pelas tropas norte-americanas. Este Massacre de Wounded Knee pôs fim às guerras indígenas que se alastraram na América do Norte, após o início da colonização, no século XVII.
O conflito em Wounded Knee era referido originalmente pelos historiadores oficiais como uma batalha, mas na realidade foi um trágico massacre.
Em 1890, o governo de Washington mostrava-se preocupado com a crescente influência do movimento Ghost Dance (Dança dos Fantasmas), que afirmava que os índios tinham sido derrotados e confinados a pequenas reservas por terem irritado os deuses e abandonado os seus costumes tradicionais. Muitos índios Sioux acreditavam que, se praticassem a Ghost Dance e rejeitassem o modo de vida do homem branco, os deuses criariam um mundo novo e destruiriam os não-crentes, inclusive os não-índios.
A 15 de dezembro de 1890, a polícia tentou prender o Sitting Bull (O Touro Sentado), o famoso chefe Sioux, que acreditavam ser um Ghost Dancer e acabaram por o matar na tentativa de o prender, aumentando assim as tensões em Pine Ridge.
A 29 de dezembro, a 7ª Cavalaria do Exército cercou um grupo de Ghost Dancers comandado pelo chefe Sioux Spotted Elk mais conhecido como Big Foot (Pé Grande) perto do riacho Wounded Knee, exigindo que baixassem as armas e as deitassem ao solo. Estabeleceu-se uma luta entre um índio e um soldado e um tiro foi disparado. Seguiu-se um brutal massacre em que se estima que mais de 150 índios foram mortos (incluindo mulheres e crianças) e 51 ficaram feridos (4 homens, 47 mulheres e crianças), alguns dos quais morreram mais tarde, embora algumas estimativas coloquem o número de mortos em 300. Vinte e cinco soldados também morreram e 39 ficaram feridos (6 morreram mais tarde). Acredita-se que muitos foram vítimas de fogo amigo, já que o tiroteio ocorreu numa faixa estreita e em condições caóticas.
Dos soldados sobreviventes, 20 receberam Medalhas de Honra e o local do massacre foi designado como um Marco Histórico Nacional dos EUA.
A batalha foi relembrada em fevereiro de 1973 quando Wounded Knee foi ocupado por ativistas do AIM (American Indian Movement – Movimento Indío Americano) durante 71 dias, para protestar contra o tratamento dado pelo governo aos americanos nativos.
Fontes: Wikipédia e Opera Mundi
Anónimo
Se há coisa em que a Umanidade é perita é em MATAR…
29 de Dezembro, 2015