“O que Aprendi com a Desescolarização” – Ana Thomaz [Vídeo]
Ana Thomaz, uma educadora, ex-bailarina e professora da técnica Alexander, fala, neste vídeo, sobre a sua experiência de vida e a ideia da “desescolarização”. É mãe de três filhos e oferece cursos de educação ativa para pais e professores no Brasil.
“Desescolarização, para mim, é a prática de “tirar” a escola de dentro de nós, o pensamento formatado que a escola nos ensinou.“, explica Ana Thomaz.
“A vida social dá muito problema. Estar ao lado do outro. Muitas brigas internas, muita competição… Puxa, como é que a gente não se preparou para isso? Sou adulta já e não fui preparada para isso. […] Eu sentia que a escola não me preparava para os objetivos que eu tinha na vida. […] Eu olhei para trás e vi que poderia ter sido diferente. Poderia ter sido diferente a minha formação escolar.”
“Eu me distraía achando que minha meta era ser mãe, minha meta era ser bailarina, minha meta era ser professora. Isso é uma distração e aí a gente começa a trabalhar pra isso. Nossa meta é potencializar nossa potência. Nossa meta é a existência plena.”
“A nossa cultura é anti-vida, é uma cultura de distrações. Você nasce e daqui a pouco você já esquece a meta. Porque é tanta distração: escola, leis, entretenimento, fantasias, consumo… Consumo é pura distração.”
“Paradoxalmente, o autoconhecimento não se dá sozinho, fora do encontro. Eu não me fecho para me conhecer, eu entro em relação para me conhecer. Eu me conheço através dos outros, através dos acontecimentos à minha volta.”
“Esse processo não depende da mudança de fora. Você não precisa que a realidade te apoie. Você não precisa sair dessa sociedade para isso acontecer. É nessa sociedade que você faz o trabalho. […] Eu não acho a nossa sociedade perdida, irremediável, tem coisas incríveis acontecendo.”
“E então eu fui fazendo essa prática: de parar de me atrapalhar.”
“Cada vez mais eu me incomodo menos – cada vez mais estou criando uma outra cultura dentro de mim, um outro modo de agir e me relacionar – e cada vez menos eu incomodo. […] Então eu aceito todo o antagonismo, me alimento dele, transmuto para que ele seja fonte de crescimento, e não antagonizo de volta.”
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Fonte: Papo de Homem