Como 2 Famílias Encheram, Cada Uma, Apenas um Frasco com o Lixo de um Ano
Há cerca de um ano, no dia da Terra (22 de Abril), Katelin Leblond e Tara Smith-Arnsdorf disseram adeus aos seus caixotes de lixo para sempre. Substituíram-nos por frascos de vidro e embarcaram, oficialmente, na sua missão de produzir a menor quantidade possível de lixo.
Elas não são nem hippies, nem eremitas, a viver sozinhas, longe da sociedade comum. São duas jovens mães com filhos, maridos, cães e casas. As vidas delas parecem extraordinariamente normais, o que torna a sua filosofia de Desperdício Zero ainda mais impressionante.
Ao longo dos últimos 12 meses, tanto Tara como Katelin conseguiram reduzir a quantidade de lixo produzido nas suas casas para um único frasco, que já começa a parecer cheio.
Como explicaram ao TreeHugger, “se no final da vida de um objeto, este tiver de ser deitado fora e não puder ser reutilizado ou compostado, então é considerado desperdício”. O cartão, por exemplo, pode ser usado na compostagem, o que significa que é aceitável. Têm, no entanto, um Top 10 de produtos sem os quais não conseguem viver, mas que têm tentado substituir por alternativas reutilizáveis. A ideia não é tornar o Desperdício Zero insuportavelmente difícil ou desagradável para a família, mas antes que este seja um objetivo contínuo.
A sua filosofia enfatiza a necessidade de se usar o que já se tem e de se viver o mais simplesmente possível, como se pode ler no seu site PAREdown:
“É simples: desenrascar-se com os artigos que se tem em casa; substituir apenas quando o artigo estiver partido ou não satisfizer a necessidade para a qual foi intencionado; com um pouco de criatividade, outro artigo de casa pode, facilmente, servir mais do que uma função. Existem muitos produtos tentadores sustentáveis brilhantes e bonitos, por aí, à venda. Mas se comprá-los significar que se estará a descartar algo que já se tem porque não é bonito, isso não é desperdício zero!”
Algumas das suas medidas incluem: levar os próprios sacos de pano, garrafas e frascos de vidro para fazer compras avulso; evitar produtos descartáveis ou pré-embalados em plástico; fazer os próprios produtos de limpeza e de cuidado pessoal; substituir, no fim da vida do artigo, produtos convencionais por versões mais sustentáveis (de bambu, algodão, etc.). Resumindo: recusar tudo o que não é preciso, reduzir aquilo de que se precisa, reutilizar tudo o que se conseguir, reciclar o que não se pode reutilizar e compostar tudo o resto.
O maior desafio, segundo ambas, são “as outras pessoas”, o que inclui professores, familiares e amigos, que não entendem ou respeitam o seu esforço, e, até mesmo, maridos e filhos que não estão tão empenhados no Desperdício Zero como elas ou que se esquecem das regras da casa. As reações ao seu estilo de vida têm sido diversas; há quem manifeste interesse e apoio, mas são poucos os que as imitam.
Tara salienta a importância de se discutirem estes assuntos importantes com as crianças, explicando que os seus filhos se tornaram pequenos embaixadores anti-plástico.
“Como pais, queremos que os nossos filhos aprendam sobre reciclagem, compostagem, espécies em perigo, conservação de energia e água. Mas o próximo passo é falar-lhes sobre consumo pessoal e como os nossos hábitos quotidianos contribuem para o problema global. As maiores lições que podemos incutir nos nossos filhos são as de viver com simplicidade, consumir menos e dar mais do que se tira”, escreve no seu blog.
As amigas têm, ainda, uma lista de objetivos a longo prazo: conseguir que uma grande superfície comercial adote o modelo do desperdício zero nas compras, fazer petições, apresentações em escolas e iniciar uma campanha para “banir a garrafa” de plástico em Victoria, nos EUA.
Fonte: TreeHugger
1ª Foto – © PAREdown
2ª Foto – © PareDown (Instagram)
Unknown
Adoro a ideia 🙂 a questão é mesmo esta, reutilizar e reduzir são a solução. De nada vale comprar sustentavel, se continuarmos a ser grandes consumidores.
21 de Abril, 2016UniPlanet
Olá Sónia,
22 de Abril, 2016Cada vez mais, temos que nos preocupar com os resíduos que criamos no dia-a-dia nesta sociedade de consumo.
Vou fazer em breve um post que explica melhor as medidas que elas tomaram para seguirem a filosofia do desperdício zero.
Um abraço,
Mab
Mel
Tenho de começar a fazer isso aqui em casa, embora como estudante seja complicado seguir à letra (principalmente por causa das tais refeições já feitas e que vêm embaladas quando não há tempo para cozinhar 🙂
22 de Abril, 2016Obrigada pela informação e por terem um blogue com temas muito importantes 🙂
Unknown
Fico à espera. Custa-me saber que a maioria das pessoas não se preocupa minimamente com os resíduos que fazem :/
23 de Abril, 2016UniPlanet
Olá Mel,
25 de Abril, 2016Obrigado pelo comentário e pela visita!
Vou continuar a escrever sobre este tema tão importante, mas pouco divulgado.
Volta sempre 🙂
Um abraço,
Mab