‘Detetive de Animais’ já Reuniu Mais de 70 Animais de Companhia com os Seus Donos

‘Detetive de Animais’ já Reuniu Mais de 70 Animais de Companhia com os Seus Donos

28 de Abril, 2016 0

Reencontro com o seu cão

Sheilah Graham é funcionária do Departamento de Segurança Interna dos EUA durante o dia e “detetive” à noite. Mas não uma detetive qualquer – Sheilah procura animais perdidos no seu tempo livre. Não é paga para o fazer e já conta com o impressionante número de mais de 70 casos resolvidos, tendo, num dos quais dirigido cerca de 3200 km para reunir um cão com o seu dono.

A detetive de 49 anos ainda se lembra bem do caso do cão Murphy. Murphy estava perdido e tinha conseguido evitar todas as tentativas de captura por parte dos funcionários do Centro de Recolha Animal de Rhode Island. O astuto cão conseguia sempre roubar o engodo das armadilhas, mantendo o suficiente do seu corpo fora dela para garantir a sua fuga. O Inverno desse ano estava a ser rigoroso e os funcionários decidiram chamar Sheilah para lhes dar uma mão.

A detetive estudou os movimentos do animal, recorrendo a milhares de fotografias, preparou uma armadilha especial para o elusivo e esfomeado cão e passou alguns dias a habituá-lo à armadilha, deixando-o entrar e sair dela à vontade. Até ao dia em que todas as condições estavam reunidas. Murphy entrou 3 vezes na armadilha, mantendo, cautelosamente, a sua parte posterior fora. À quarta vez, entrou completamente e a porta da armadilha fechou-se.
“Murphy estava finalmente em segurança”, conta a detetive. “Embora não estivesse nada feliz.” Isto mudou quando, graças ao seu microchip, conseguiram encontrar o dono que já estava à procura do cão – que afinal se chamava Phillip – desde o Outono do ano anterior.

“Fico feliz com cada reunião”, diz Sheilah Graham. “Quando aquela porta se fecha e o cachorro fica em segurança, as lágrimas costumam cair.”
A sua técnica calma e calculada tornou-a numa especialista nesta área.
Há o caso de Belle, que se perdeu enquanto visitava Rhode Island e passou 35 dias perdida até ela a encontrar.

“Eu mantenho-os [os donos] ocupados, mantenho-os motivados. O mundo deles está a desmoronar-se à sua volta. Se nunca perdeu um cachorro, não conseguirá compreender pelo que eles estão a passar”, explica.
Para manter os donos ativos, a detetive costuma recruta-los para o caso, passando horas com eles ao telefone, discutindo a personalidade dos seus cães, os seus hábitos e o que lhes desperta interesse.

Também houve o caso de Bean, que se perdeu em Providence. A sua busca levou a que encontrasse outro cão, chamado Hank, que estava perdido há quase 5 meses. Sheilah apanhou ambos os cães com uma diferença de 4 dias entre eles.

Os seus métodos incluem entrevistas meticulosas com os donos. “Qualquer detalhe, independentemente de que lhe pareça insignificante a si ou a qualquer pessoa, pode ser o detalhe crítico de que preciso.”

E depois há câmaras de vigilância, mapas e as armadilhas – porque quando se trata de um animal de estimação perdido, a última coisa que se quer fazer é persegui-lo.
“Infelizmente, um cão perdido raramente reconhece a voz do seu dono”, explica. “Quando estão em modo de sobrevivência, estão preparados para lutar ou para fugir e a maioria acaba por fugir. E com 4 patas no chão e um centro de gravidade mais baixo, são muito mais ágeis do que qualquer pessoa a tentar apanhá-los.”

Não trabalha a solo e o seu trabalho envolve uma vasta rede – depois de se receber informação de um avistamento, colocam-se posters, fazem-se telefonemas e perscrutam-se as redes sociais.
Mas o que motiva Sheilah Graham, caso após caso, é a reação das pessoas – e dos cães – quando se apercebem que afinal não perderam os seus melhores amigos.
Essa é a minha recompensa – a cauda deles a abanar, os sorrisos dos donos e as lágrimas.

Fonte: The Dodo

Família reencontra o seu cão

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