Artista colombiano faz arte a partir de canetas, lápis e balas
Federico Uribe nasceu em Bogotá, Colômbia, estudou arte na Universidade de Los Andes, em Bogotá, e vive em Miami.
Em 1996, abandona os pincéis e é atraído pela beleza, geralmente negligenciada, de objetos simples, como fios elétricos, canetas, teclas de piano, livros, sapatos e lápis de cor de vários tamanhos, entre outros. Começou a observá-los com cuidado, colocou-os lado a lado e a combinou-os. Eles tornaram-se instrumentos incomuns de uma nova estética, cheios de cor, ironia e animada brincadeira – o resultado é absolutamente lunático. As suas “telas” poderiam ser pintadas a óleo, com aquarelas ou outra técnica convencional; contudo, elas são feitas artesanalmente com colagem de materiais.
O título das suas obras é muito importante porque revela as suas profundas ligações com a língua e a literatura. “Muitos dos meus trabalhos começam de palavras”, diz Uribe, “eu começo muitas vezes com um nome e olho para os meus objetos, outras vezes o objeto faz-me pensar na palavra, e eu exploro isto para criar um trabalho.”
As suas obras deixam na memória de quem as vê uma mensagem de humor, beleza e amor. Sendo um artista de um país em guerra durante cerca de metade de um século esta concretização é uma forma de reconciliação com a vida: “Tenho esperança, que as pessoas se identifiquem com as minhas esculturas e vivam com elas, vejam o amor que pus nelas. Desejo que as pessoas sintam que faço isto com muita minuciosidade e com a beleza em mente. Dedico a minha vida ao meu trabalho e desejo que as pessoas vejam isso.”
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“As pessoas matam animais para fazer sapatos, eu destruo sapatos para criar animais”, diz Federico Uribe.
“As pessoas cortam árvores para fazer livros, eu destruo livros para fazer árvores.”