Massachusetts proíbe confinamento extremo de animais
Massachusetts aprovou uma lei que proíbe o confinamento extremo de animais de produção. A medida foi aprovada com 71% dos votos e significará a proibição dos estábulos individuais para bezerros, das jaulas de gestação para porcas e das gaiolas para galinhas poedeiras, assim como da venda de carne e ovos produzidos com recurso a estes métodos, mesmo no caso de produtos importados.
Para Paul Shapiro da Humane Society, esta medida passa uma mensagem muito forte de que “a era do confinamento dos animais de criação em jaulas está a chegar ao fim”.
Nos últimos dois anos, as principais cadeias de supermercados e de fast-food nos EUA comprometeram-se a utilizar apenas ovos “livres de gaiolas”. Estas reformas são, no entanto, voluntárias, já que não são impostas pelo governo. Desta forma, leis como a que foi aprovada em Massachusetts são fulcrais para assegurar mudanças permanentes que aumentem o bem-estar destes animais.
Referindo-se às galinhas, que passam as suas vidas inteiras em gaiolas tão pequenas que são privadas da sua necessidade básica de bater as asas, Peter Singer, professor de bioética da Universidade de Princeton, afirmou tratarem-se dos “animais confinados em espaços mais pequenos, sobrelotados e, de um modo geral, os mais miseráveis da América”.