Andar de elefante está agora oficialmente proibido no Botswana
Os passeios de elefante foram proibidos no Botswana. A proibição, que entrou em vigor no final de dezembro de 2016, pôs termo aos safaris com elefantes da Abu Camp, a única empresa do país que oferecia passeios de elefante.
“Depois de uma profunda revisão do seu programa e em conformidade com as últimas diretivas do governo, a partir de 31 de dezembro de 2016, a Abu Camp deixará de permitir aos seus visitantes que montem elefantes”, diz um comunicado da empresa.
O Botswana é o país africano com a maior população de elefantes – cerca de 130 mil. Esta proibição faz parte de uma nova política do governo, da autoria do ministro do ambiente, Tshekedi Khama, que visa melhorar o bem-estar dos elefantes em cativeiro.
Segundo a organização World Animal Protection, a maioria dos turistas que andam de elefante fá-lo por gostar destes animais, mas não conhece a realidade por trás do seu treino.
“Não lhes será contado como as crias de elefante são cruelmente separadas das suas mães e os seus espíritos bruscamente domados durante o treino para serem montadas e para fazerem truques para os turistas.
Tal inclui o acorrentamento e o confinamento rigoroso, a solidão, a imobilização com cordas e correntes, o isolamento de outros elefantes e a privação de comida e de água. É-lhes frequentemente infligida dor com ganchos pontiagudos de metal, ripas de madeira e chicotes”, diz a organização.
Embora este tipo de treino já exista na Ásia há séculos, os primeiros passeios comerciais de elefante na África só surgiram nos finais dos anos 90, no Zimbabué, e foram-se espalhando gradualmente para outros países do sul do continente. Existem, atualmente, 39 instalações na região, que possuem 215 elefantes em cativeiro. Destas, 25 oferecem passeios de elefante.