Granny, a orca selvagem mais velha do mundo, foi dada como morta
A orca mais velha de que se tem conhecimento, Granny, está desaparecida desde outubro e foi dada como morta pelos investigadores do Centro para a Investigação de Baleias. Teria 105 anos.
Granny, ou J2 (o seu nome oficial), era facilmente reconhecível pelo corte em forma de meia-lua que tinha na sua barbatana dorsal. Foi identificada pela primeira vez nos anos 70 e os investigadores estimaram, mais tarde, que teria nascido em 1911 – um ano antes do afundamento do Titanic – com uma margem de erro de 12 anos.
Nos últimos anos, Granny tinha sido observada a liderar o grupo J (J-pod), um dos três grupos familiares que constituem a população de orcas residentes do sul, uma população com cerca de 80 baleias-assassinas, que está classificada como “ameaçada” tanto no Canadá como nos EUA. São também uns dos mamíferos marinhos mais contaminados do mundo, tendo sido expostos aos químicos usados pelas indústrias locais.
2016 não foi um bom ano para estas orcas selvagens: outros 6 destes animais foram dados como mortos ou estão desaparecidos. Em 2015, por contraste, houve 8 novas crias de orca a juntarem-se à população.
Ken Balcomb, cientista que tem estudado esta população ao longo de quatro décadas, mostrou-se preocupado com o futuro destes animais, que enfrentam ameaças como a diminuição das reservas de salmão, o aumento do tráfego marítimo nas suas águas e, mais recentemente, o plano para a construção do oleoduto de Kinder Morgan, no Canadá. “Quem conduzirá o grupo em direção ao futuro?”, perguntou. “Existirá um futuro sem alimento? O que farão os líderes humanos?”
Fotos: Center for Whale Research