Taiwan proíbe o abate de cães e gatos vadios
Taiwan proibiu a eutanásia de animais vadios nos canis municipais. A lei entrou em vigor em fevereiro, depois de um período de transição de dois anos.
A proibição não chegou, no entanto, a tempo para a veterinária taiwanesa Chien Chih-cheng que, no ano passado, se suicidou com uma substância usada na eutanásia, supostamente por não ter conseguido lidar com o peso de estar encarregada de abater os animais do abrigo onde trabalhava. A veterinária era chamada de “carniceira” pelos ativistas dos direitos dos animais.
A sua morte levou a que surgissem apelos pela melhoria das condições nos canis, tanto para os animais quanto para os trabalhadores.
O Concelho de Agricultura de Taiwan acusa a proibição de ser “muito idealizada” e prevê que leve à “deterioração da qualidade” dos canis, significando a sua sobrelotação ou o desencorajamento da captura de animais vadios.
“A proteção dos animais em Taiwan atingiu um novo marco”, disse Ho Tsung-hsun, diretor executivo da Life Conservationist Association. Segundo a organização, desde 1999, foram abatidos mais de 1,2 milhões de animais nos canis municipais do país. Contudo, o número vinha a diminuir nos últimos anos, mesmo antes da proibição.