Salva a Terra, um Festival pela Conservação da Natureza
O Salva a Terra é um eco festival, que tem como principal objetivo a angariação de fundos para o CERAS – Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens, um projeto do núcleo regional de Castelo Branco da Quercus, que recupera animais selvagens debilitados e os devolve à natureza. Este ano, o festival decorre de 22 a 25 de junho.
O UniPlanet falou com os organizadores do Salva a Terra para ficar a conhecer melhor este festival sustentável. |
UniPlanet (UP): Como nasceu o Festival Salva a Terra?
O Festival Salva a Terra surgiu na altura em que o CERAS (Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens) tinha perdido todos os apoios estatais devido a cortes orçamentais… Perante essas dificuldades, queríamos manter o Centro operacional com as melhores condições possíveis e, por isso, um grupo de amigos decidiu encontrar alternativas, e em 2009, no ano em que o CERAS completou 10 anos de existência, organizamos o Festival “Música pelo CERAS”, em Castelo Branco.
Rapidamente percebemos que precisávamos de aproximar o festival da natureza e, por isso, procuramos um local alternativo e a aldeia de Salvaterra do Extremo em pleno Parque natural do Tejo Internacional parecia ter sido feita para o festival, pois já tinha varias estruturas e condições naturais para fazer crescer o evento.
UP: Que artistas vão estar presentes este ano no Festival?
Contaremos com cerca de 150 artistas em quatro dias que abraçaram esta causa! Para além dos concertos nos 4 palcos, haverá teatro e animação de rua.
Vamos contar com uma intervenção do artista plástico, Bordalo II, perto do Palco Pôr-do-sol, e uma exposição da Plasticus Maritimus.
Relembramos que todos os artistas e formadores são voluntários!
Clique na imagem para ampliar o cartaz
UP: Que outras atividades estão programadas?
As manhãs começam com atividades de yoga, concertos meditativos, e diversos workshops e oficinas para as famílias.
No decorrer da tarde, para além dos concertos no Palco Igreja, no Palco Pôr-do-sol e no Quintal da Fafá (uma moradora que recebe artistas na sua casa e acolhe diversas atividades no seu espaço desde a primeira edição do Festival), haverá atividades de observação de vida selvagem, construção de caixas de ninho e abrigos para fauna, construção de fornos solares, cinema documental e palestras/ conversas sobre diversas temáticas ambientais, percursos pedestres, banhos e garimpo no rio Erges e, entre outros, oficinas de tecelagem vegetal.
O CERAS irá ensinar-nos como proceder ao encontrar um animal ferido, e estarão também presentes outras entidades como é o caso do Grupo Lobo com o qual os mais novos poderão ser biólogos por um dia, ou a Associação Circuito Explosivo, Planeta Azul ou a Pano ou Palha, entre outras, com várias exposições, teatro de fantoches, palestras e oficinas! Consultem o nosso site para conhecer todas as atividades paralelas.
UP: Ao contrário de outros festivais, o Salva a Terra destaca-se por ser um Eco Festival. Querem falar-nos um pouco sobre o vosso compromisso com a sustentabilidade?
Queremos que este festival seja um encontro de troca e sensibilização no que diz respeito à conservação da Natureza.
Apostamos na sensibilização através da componente de cariz pedagógico presente nas atividades desenvolvidas.
No que diz respeito aos resíduos e à energia, na cantina do festival existe uma ementa vegetariana com produtos produzidos local e regionalmente, dando naturalmente prioridade aos de produção em modo biológico; promovemos a redução do consumo de embalagens e a reciclagem de todos os resíduos da cantina (embalagens e resíduos orgânicos), apelamos à não utilização de plásticos e loiça descartável; promovemos o uso da caneca do festival e pratos reutilizáveis na cantina onde os detergentes são ecológicos; reutilizamos materiais de outros festivais, utilizamos iluminação eficiente nos parques de campismos (leds) e casas de banho secas (compostáveis) nos campismos.
Quanto à mobilidade, fomentamos a partilha de boleia (grupo no Facebook) e uso de bicicleta para chegar ao Salva a Terra (quem vier de bicicleta da sua morada ao festival não paga bilhete) e a utilização de bicicletas pela organização durante o evento; após o festival, realizamos sempre a compensação das emissões e da pegada ecológica da organização, artistas, formadores, guias e restante equipa, através da plantação de árvores autóctones pelo projeto “Criar Bosques” da Quercus ANCN no Parque Natural do Tejo Internacional.
Com a edição de 2013, o Salva a Terra ganhou o prémio de festival mais sustentável no Portugal Festival Awards, um prémio que reconhece o nosso esforço e que nos motiva a tentar ir mais longe nas futuras edições…
E claro, o motivo que nos move: o CERAS para o qual todas as receitas do festival revertem a 100%.
UP: O voluntariado é um dos pilares do Salva a Terra. Como podemos participar?
Basta preencher o formulário de voluntariado no nosso site! Também podem ajudar na divulgação, passando a palavra ou partilhando o nosso cartaz nas redes socias, mailing lists, etc.
UP: Onde podemos adquirir os bilhetes para o Salva a Terra?
Através da página do festival: www.salvaterra.pt.
UP: Para terminar, 3 motivos para não perdermos este festival?
A sua missão, a espetacular aldeia de Salvaterra do Extremo e suas gentes, em pleno Parque Natural do Tejo Internacional, e o ambiente de partilha que se vive no festival.
Saiba como pode ganhar um bilhete para o Festival Salva a Terra aqui.