Chocolate, champô e gelado: as marcas que usam trabalho infantil, segundo a Amnistia

Chocolate, champô e gelado: as marcas que usam trabalho infantil, segundo a Amnistia

16 de Julho, 2017 0

CArro de compras no corredor de um supermercado

A Amnistia Internacional lançou uma campanha, que já conta com 6000 apoiantes, para instar os maiores supermercados australianos a parar de vender produtos que contenham ingredientes produzidos com recurso a trabalho infantil, neste caso, o óleo de palma.

No ano passado, uma investigação da Amnistia descobriu crianças com apenas 8 anos a trabalharem horas a fio sob condições perigosas nas plantações de um dos maiores produtores mundiais de óleo de palma, a empresa Wilmar.

A organização humanitária ligou o óleo de palma da Wilmar a centenas de produtos populares, entre os quais os chocolates KitKat e Smarties, da Nestlé, os artigos de cuidado pessoal da Head & Shoulders, Herbal Essences, Oral B, Pantene Pro-V e Olay, da Proctor & Gamble, a margarina Flora, os gelados Magnum, o detergente Surf, os produtos da Dove, Cup a Soup, Bird’s Eye e Vaseline, da Unilever.

 

“As grandes marcas ainda estão a lucrar com o trabalho infantil nas plantações de óleo de palma”, escreveu a Amnistia. “Crianças com apenas oito anos estão a realizar trabalhos extenuantes e perigosos nestas plantações, tudo isto enquanto as marcas que conhecemos tão bem obtêm lucros na ordem dos milhares de milhões.”

A campanha é dirigida a três grandes cadeias de supermercados da Austrália – Aldi, Coles e Woolworths.

“O Woolworths, Coles e Aldi compram os produtos de muitas destas marcas populares, dando, essencialmente, luz verde ao trabalho infantil e aos abusos dos direitos dos trabalhadores”, escreveu a organização.

“É chegada a altura do Woolworths, Coles e Aldi se baterem pelo que é correto e os consumidores são essenciais para fazer com que isso aconteça.”

Após a campanha da Amnistia dirigida aos fabricantes destes produtos, representantes do Coles e do Aldi reuniram-se com a organização para discutir estes problemas. A Woolworths realizou uma reunião por telefone com a ONG.
Foto: Caden Crawford

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