Quercus quer que Portugal diga um adeus definitivo aos sacos de plástico
A medida do anterior governo de taxar os sacos de plástico foi inicialmente positiva, mas rapidamente se revelou insuficiente. Depois de uma inicial diminuição do consumo de sacos de plástico, os portugueses acabaram por se habituar a pagar os sacos e o seu consumo está a aumentar novamente.
A Quercus defende que o Governo deve tomar medidas de forma a banir total e definitivamente o uso de sacos de plástico.
Estão comprovados e amplamente divulgados os efeitos nefastos dos sacos de plástico no ambiente, em especial no meio marinho, com envenenamento, asfixia e morte de peixes, animais e aves marinhas. Existe também, uma cada vez maior frequência de notícias que dão conta da entrada do plástico na cadeia alimentar do Homem, com presença dos plásticos no peixe consumido e até no sal de cozinha.
A medida de taxar o uso de sacos de plástico, nunca abrangeu os sacos que são utilizados dentro dos supermercados para embalar a fruta, os legumes, a carne, entre outros, o que faz com que na prática cada consumidor acabe por utilizar dezenas de sacos de plástico gratuitos sempre que vai fazer compras.
Em Portugal consomem-se anualmente 2 mil milhões de sacos de plástico.
De acordo com a Quercus, o controlo dos sacos nunca foi efetivo nas pequenas superfícies, no pequeno comércio, nas feiras e nos mercados.
Em 2016, Marrocos baniu oficialmente os sacos de plástico.
Sobre a sua visita a Marrocos durante a conferência das Nações Unidas sobre o clima COP 22 (2016), João Branco, presidente da Quercus, comentou: “Fiquei espantado com a facilidade com que a sociedade Marroquina vive sem utilizar sacos de plástico. Isso é visível nas ruas pela ausência de lixo relacionado com os sacos. Se Marrocos conseguiu banir os sacos de plástico não há qualquer motivo para que estes não sejam também banidos em Portugal. Haja vontade política”.
No dia 3 de julho de 2017, “Dia Internacional Sem Sacos de Plástico”, a Quercus reitera a necessidade de se acabar definitivamente com o uso deste produto tão prejudicial para o ambiente, já que como se percebeu, o consumo de sacos não diminui com a mera aplicação de taxas ou de políticas que continuam a permitir velhos hábitos.