República Checa vota a favor da proibição das quintas de produção de peles de animais

República Checa vota a favor da proibição das quintas de produção de peles de animais

3 de Julho, 2017 0

Raposa confinada numa pequena jaula de metal numa quinta de produção de peles

O parlamento checo aprovou, com 132 votos a favor e 9 contra, a proibição das quintas de criação de animais para a utilização das suas peles. O projecto de lei foi apresentado pelo deputado Robin Böhnisch e estabelece que estas quintas deverão ser encerradas até ao dia 31 de janeiro de 2019.

O projeto ainda precisa de ser confirmado pelo Senado e assinado pelo Presidente, mas, segundo a PETA, “a sua adoção é certa”.

Existem, atualmente, nove quintas de produção de peles de marta e de raposa no país com cerca de 20 mil animais mantidos em jaulas de dimensões reduzidas. Estes animais são abatidos com recurso a métodos, como o gaseamento e a eletrocussão, que visam não danificar a sua pele.

“Esta é uma vitória que prova que matar animais em nome da moda já não conta com o apoio dos políticos checos. Também é uma vitória para as iniciativas cívicas que ajudaram os deputados a aperceberem-se desta realidade. Fico feliz por ver o fim desta prática bárbara na República Checa e espero que os nossos legisladores deem o exemplo aos seus colegas de outros países onde existem proibições das quintas de produção de peles a ser discutidas”, declarou o deputado Robin Böhnisch.

Os produtores de peles poderão solicitar indemnizações que lhes permitam cumprir as suas obrigações financeiras a longo prazo.

Com este passo, a República Checa juntar-se-á a uma lista crescente de países que já decretaram proibições semelhantes, entre os quais o Japão, a Índia e a Croácia.

“Esta é uma vitória da compaixão pelos outros seres vivos sencientes, que podem sentir dor e sofrimento. Acredito que este seja o resultado de uma tendência a longo prazo não apenas na nossa sociedade, mas em toda a Europa – a sociedade está a tornar-se mais consciente e atenciosa para com aqueles que não se podem defender. Sentimo-nos imensamente felizes com a decisão tomada hoje”, disse Lucie Moravcová da organização Svoboda zvířat.

Foto: Otwarte Klatki

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