São Francisco torna-se a maior cidade dos EUA a proibir a venda de peles de animais
São Francisco tornou-se a maior cidade dos Estados Unidos a proibir a venda de peles de animais, após o Conselho Municipal de Supervisores ter votado unanimemente a favor da medida.
Depois da sua promulgação, a proibição entrará em vigor em janeiro de 2019 e abrangerá todas as vendas a retalho e online dentro dos limites da cidade, excluindo as lojas de produtos em segunda mão e as instituições de caridade.
“As quintas de produção de peles são lugares violentos para os animais, onde estes são gaseados, eletrocutados, envenenados e feridos exclusivamente para a criação de roupas e acessórios”, disse Katy Tang, membro do Conselho de Supervisores. “Era inconcebível que São Francisco continuasse a permitir a venda deste tipo de produtos e temos de dar o exemplo para que outras cidades no país e no mundo se juntem a nós, proibindo as roupas de peles.”
A medida foi saudada com entusiasmo por diversas organizações de defesa dos direitos dos animais, entre as quais a Humane Society, que a considerou “uma vitória histórica para milhões de animais cruelmente confinados e mortos por causa das suas peles”.
Outras duas cidades do estado da Califórnia – West Hollywood e Berkeley – já tinham proibido em 2013 e 2017, respetivamente, a venda de peles.
Diversos criadores internacionais do mundo da moda, incluindo Giorgio Armani, Gucci, Michael Kors, Jimmy Choo e Versace, têm vindo a deixar de usar peles nos seus produtos. Marco Bizzarri, CEO da Gucci, comentou que as peles já “não são modernas” e Donatella Versace disse, durante uma entrevista: “Não quero matar animais para fazer moda. Não me parece bem.”
São cada vez mais as cidades e países a oporem-se à criação de animais para a obtenção das suas peles. Em 2017, a Croácia e a República Checa proibiram as quintas de produção de peles e a Índia proibiu a importação de peles de répteis, martas, raposas e chinchilas.
Foto: Dzīvnieku brīvība