Província da China vai proibir plásticos de uso único até 2025
A província chinesa de Hainan vai proibir a produção, venda e uso de todos os plásticos não-biodegradáveis de uso único até 2025 para combater a poluição.
A ilha de Hainan é assim a primeira região da China a comprometer-se formalmente a banir estes produtos. O primeiro passo será a proibição dos sacos e talheres de plástico não-biodegradáveis, que ocorrerá até ao final de 2020.
Segundo estimativas do governo, a província utiliza cerca de 120 mil toneladas deste material todos os anos.
A poluição por plástico é um dos grandes problemas ambientais da China, onde grandes quantidades de resíduos plásticos não tratados são enterradas em aterros ou despejadas nos rios, conta a Reuters.
Os rios mundiais transportam, todos os anos, entre 1,15 e 2,41 milhões de toneladas de plástico até ao mar. 86% deste plástico provém dos rios de um único continente – a Ásia. No topo da lista dos rios mais poluidores está o Yangtze, na China, o terceiro maior do mundo, que despeja, anualmente, cerca de 330 mil toneladas de plástico no mar.
A China, que processou metade dos plásticos reciclados no mundo em 2016, proibiu a importação de vários tipos de resíduos sólidos no início de 2018, em parte para encorajar as empresas a processarem o lixo doméstico.
O governo chinês também está a trabalhar em novas medidas para garantir que mais produtos são reutilizados e para restringir o uso de embalagens de plástico em alguns sectores.