Coruja que ficou presa em rede de baliza de futebol volta a voar
Era uma rede como tantas outras, deixada na baliza apesar de ninguém utilizar o campo de futebol nos meses frios. Foi com essa rede que uma coruja-das-neves colidiu, em novembro, na cidade de Pickering, no Canadá. A ave ficou presa e as suas tentativas para se libertar foram infrutíferas.
Também foi nessa rede que uma equipa de resgate encontrou a coruja, que apresentava “alguns ferimentos e danos nas penas, especialmente nas asas”.
Depois de receber o tratamento necessário, parecia estar tudo a postos para a sua libertação. Só que, como se pôde verificar nos treinos de voo, a coruja, afinal, não se encontrava em condições para voar.
Este não é o primeiro animal a cair vítima das redes de futebol. Há muito que os grupos de defesa da vida selvagem se manifestam contra a permanência das redes nas balizas depois de acabados os jogos.
No princípio deste ano, os esforços destes grupos deram frutos: o Departamento de Parques da cidade de Hamilton, também no Canadá, comprometeu-se a “garantir que as redes são removidas no outono”, depois da morte de um veado que ficara preso numa destas redes.
SNOWY'S BIG DAY!
Friday was this fellow's first test flight … he did not pass! BUT, he did flap well and do all the right things. He just needs more training exercise to strengthen those very large wings. He will have an opportunity to fly daily and reach that optimal strength very soon. He's back in his indoor spot for the night.Publicado por Shades of Hope Wildlife Refuge em Terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Felizmente, ninguém desistiu da coruja-das-neves. A ave foi transferida para a Owl Foundation, uma associação dedicada à reabilitação destas rapinas noturnas.
Foram precisas semanas de treino de força para a coruja recuperar do seu encontro com a rede.
Finalmente, no grande dia, a ave não desapontou a sua equipa de salvamento e voou para a liberdade. “Vivemos para momentos como este”, disse Gail Lenters, fundadora do Refúgio para a Vida Selvagem Shades of Hope.
O momento da libertação da coruja-das-neves | Fotos: Ann Brokelman/Shades of Hope
Gail Lenters lamenta que, todos os invernos, cheguem ao seu centro tantos casos de colisões de aves com redes, vedações e carros.
“Chegam-nos tantas corujas no inverno devido ao facto de caçarem ao longo da margem das nossas estradas”, explicou. “A maioria está cá por causa de colisões com algo de origem humana.”
Veja, neste vídeo, o resgate de outra coruja emaranhada na rede de uma baliza: