Castores são agora oficialmente uma espécie protegida na Escócia, sendo ilegal matá-los
Os castores são agora uma espécie protegida na Escócia, o que significa que passou a ser ilegal o seu abate ou a destruição dos seus diques e tocas sem uma licença.
A proteção legal da espécie surge uma década após os animais terem sido reintroduzidos no país, do qual tinham desaparecido no séc. XVI. Atualmente existem centenas de castores na Escócia.
“A atribuição de um estatuto de proteção ao castor é um marco importante para o regresso da espécie aos lagos e rios escoceses”, disse Jo Pike, diretora-geral da Scottish Wildlife Trust, organização que, em conjunto com a Real Sociedade Zoológica da Escócia, introduziu 16 destes animais na floresta de Knapdale, em Argyll, entre 2009 e 2014. “Surge após décadas de trabalho por parte de inúmeras organizações e indivíduos para demonstrar os impactos positivos dos castores.”
Embora os grupos de conservação ressaltem os benefícios ecológicos da reintrodução da espécie, incluindo a promoção da biodiversidade e a redução do risco de inundação, os agricultores queixam-se dos prejuízos de “milhares de libras” causados às terras agrícolas pela atividade dos animais.
Face a estas queixas, Roseanna Cunnigham, secretária do Ambiente do Governo escocês, reconheceu a necessidade do controlo dos animais, “onde não houvesse alternativa”.
“Aceitamos que os proprietários de terras precisem de ter a capacidade para lidar com os impactos negativos causados pelos castores”, afirmou Jo Pike. “Contudo, é igualmente importante garantir que o controlo letal só seja usado como último recurso e que não ameace a expansão da espécie.”
Para a Real Sociedade Zoológica da Escócia, a proteção legal do castor é uma excelente notícia. “É um passo vital para acolhermos o castor como um elemento integrante do nosso ecossistema e um sucesso nos esforços para proteger e promover o nosso património natural”, disse Barbara Smith, diretora da sociedade.
Foto: Castor-europeu (Castor fiber) | Andre Brasse