H&M deixa de usar caxemira após investigação da PETA
A H&M, a segunda maior retalhista de moda do mundo, anunciou que vai deixar de usar caxemira “convencional” nas suas coleções.
A gigante sueca tomou a decisão após uma investigação da organização de defesa dos direitos dos animais PETA ter mostrado os maus-tratos sofridos pelas cabras nas quintas de produção de caxemira da China e Mongólia – os maiores exportadores do mundo deste produto.
“Como parte da nossa meta de usar apenas materiais de origem sustentável até 2030, estamos a começar a remover gradualmente a caxemira convencional. A H&M deixará de encomendar este produto no final do próximo ano”, anunciou o grupo sueco. “Se, no futuro, a indústria cumprir os nossos critérios de sustentabilidade, poderemos voltar a utilizar caxemira virgem.”
No vídeo da PETA, os tosquiadores são vistos a arrancar a lã das cabras de forma violenta com pentes de metal, enquanto os animais se debatem em pânico.
“As cabras deixadas a sangrar pelo processo da tosquia não receberam qualquer analgésico ou cuidado veterinário. Um dos trabalhadores deitou simplesmente vinho de arroz diretamente na ferida de um dos animais”, conta a PETA, que apela às outras marcas para que sigam o exemplo da H&M.
“As cabras que já não são consideradas lucrativas são condenadas a mortes lentas e agonizantes. Num matadouro na China, as testemunhas viram os trabalhadores a bater com um martelo na cabeça dos animais para os atordoar. Na Mongólia, os trabalhadores foram vistos a arrastar as cabras por uma perna até ao chão do matadouro, antes de as degolarem à vista de outras cabras.”
Segundo a PETA, para se fazer um único casaco de caxemira é necessária a lã de seis cabras.
No ano passado, a H&M já se tinha comprometido a deixar de utilizar lã mohair, também devido a um vídeo da PETA, que mostrou como as cabras angorá eram maltratadas na África do Sul.
ATENÇÃO: As imagens do vídeo que se segue podem chocar os leitores mais sensíveis.
Foto: _paVan_/Flickr
ASCMI
Acho muito bem. Devemos entregar os animais à natureza.
3 de Outubro, 2020