Nova Iorque proíbe a remoção das unhas dos gatos
Nova Iorque é o primeiro estado norte-americano a proibir a ablação das unhas dos gatos, seguindo o exemplo de cidades que já o tinham feito, como Los Angeles, Denver e São Francisco.
A lei, promulgada pelo governador Andrew Cuomo na semana passada, entra em vigor imediatamente e prevê exceções para os casos em que a operação seja necessária por motivos de ordem médica.
“Com a proibição desta prática arcaica, garantimos que os animais não continuarão a ser sujeitos a estas operações desumanas e desnecessárias”, disse o governador num comunicado.
Os infratores arriscar-se-ão a ser sancionados com uma multa de até 1000 dólares.
Embora as pessoas assumam que a ablação das unhas se limita à “remoção cirúrgica da unha”, a verdade é que se trata de uma operação invasiva e dolorosa, que envolve a amputação das falangetas dos felinos, explica a veterinária Eileen Jefferson.
Segundo um estudo publicado na revista científica Journal of Feline Medicine and Surgery, a operação aumenta o risco de dor crónica ou persistente nos gatos, e isto manifesta-se através de comportamentos indesejados como a agressão e a urinação/defecação fora da caixa de areia.
Apesar destes fatores, a proibição da prática divide opiniões mesmo entre as organizações de defesa dos animais. A Humane Society viu a medida tomada por Nova Iorque como um “momento decisivo” e manifestou a esperança de que a mesma inspire outros estados a seguir o seu exemplo.
Por outro lado, a ASPCA e a Sociedade Médico-Veterinária do Estado de Nova Iorque opõem-se à proibição, argumentando que a operação é preferível ao abandono ou à eutanásia e que deveria ser permitida em algumas situações, como, a título de exemplo, quando os donos dos animais são idosos ou possuem sistemas imunitários debilitados e podem sofrer complicações devido aos arranhões.