Cidades devem plantar árvores para reduzir uso de ar condicionado, diz estudo
As cidades deveriam plantar árvores para reduzir o uso de ar condicionado, diz um estudo da Comissão Florestal do Reino Unido.
O trabalho de investigação, que contou com o apoio do Departamento britânico para o Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra), mostrou que, nas zonas com muitas árvores, as temperaturas chegavam a ser quatro graus mais baixas do que nas zonas sem vegetação da mesma cidade.
Os investigadores concluíram que a utilização de ar condicionado poderia ser reduzida em até 13% nas cidades, o que corresponderia a uma poupança de 2,2 milhões de libras por ano (cerca de 2,5 milhões de euros) e a uma diminuição considerável da pegada de carbono.
As árvores mais apropriadas para este fim são as de maior porte, com copas densas, áreas foliares maiores e taxas de transpiração (devolução da água, sob forma de vapor, ao meio exterior) elevadas. Também devem ser resistentes à seca, já que serão plantadas em zonas quentes e secas dos centros urbanos.
Em Londres, por exemplo, algumas das árvores sugeridas pelos autores para este propósito são o carvalho-alvo, o plátano e a cerejeira.
Estas árvores devem ser plantadas em zonas onde as pessoas possam desfrutar da sua sombra, caminhando e sentando-se debaixo delas. Os investigadores também recomendam a plantação perto dos locais de trabalho e das casas, de forma a proteger os edifícios do sol.
As árvores ajudam a reduzir a temperatura do ar através da evapotranspiração, um processo onde a água é transferida da superfície da Terra para a atmosfera através da evaporação e transpiração das plantas e do meio circundante.
“Em colaboração com a empresa Ricardo Energy & Environment e a Universidade de Uppsala, na Suécia, (…) propusemos uma metodologia que pode ser usada pelos planeadores urbanos para a comparação e seleção de espécies arbóreas de acordo com os seus efeitos de arrefecimento”, disse a Comissão Florestal.