Nova Iorque proíbe venda de produtos de girafa e outras espécies vulneráveis
Nova Iorque é o primeiro estado norte-americano a proibir a venda de produtos feitos à base de partes de girafa.
O governador Andrew Cuomo promulgou, no dia 13 de dezembro, uma lei que “classifica as girafas e outras espécies como vulneráveis e proíbe a venda de artigos feitos com qualquer parte de uma espécie vulnerável”.
Entre 2006 e 2015, os Estados Unidos importaram aproximadamente 40 mil partes e produtos de girafas.
Uma investigação da organização de proteção animal Humane Society revelou que pelo menos 51 comerciantes no país vendiam (online e em lojas físicas) produtos destes animais, incluindo cabos de facas feitos dos seus ossos; casacas, almofadas, botas e até a capa de uma bíblia feitas das suas peles.
As populações selvagens de girafas registaram um declínio de quase 40% nos últimos 30 anos, levando a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) a classificar a espécie como “vulnerável” em 2016.
Almofadas e botas de couro de girafa à venda nos EUA | Foto: Humane Society dos Estados Unidos
O grupo Natural Resources Defense Council aplaudiu a medida de Nova Iorque, que apelidou de “revolucionária”. “Ao permitir que o estado proíba o comércio de um leque muito vasto de espécies, Nova Iorque conseguirá responder à natureza do comércio de vida selvagem, que muda constante e rapidamente, com a variação dos gostos e/ou o declínio das espécies mais consumidas.”
Great news for wildlife! Last week, New York passed a historic bill that would enable @NYSDEC to ban the sale and possession with intent to sell of parts of any species that’s threatened with extinction. 🐾https://t.co/LwoVylPKP3
— NRDC 🌎 (@NRDC) 17 de dezembro de 2019