Aviões voam vazios para não perderem posição nos aeroportos
Por causa da variante Ómicron as reservas nas companhias aéreas diminuíram drasticamente.
Para não perderem as suas “slots” (faixas horárias em que são autorizadas a descolar e aterrar num aeroporto), muitas companhias aéreas estão a realizar “voos fantasma” e a desperdiçar combustível. As regras europeias ditam que as companhias aéreas têm de utilizar pelo menos 80% das respetivas faixas horárias de descolagem e aterragem nos aeroportos se quiseram mantê-las na temporada seguinte. Se não as utilizarem, perdem-nas automaticamente e depois outra companhia aérea pode comprá-las.
Confrontadas com esta situação, há companhias aéreas a realizar “voos fantasma”, sem passageiros.
A Lufthansa alertou que teria de operar 18 mil voos “desnecessários” durante o inverno para manter os “slots” nos aeroportos.
Maaike Andries, porta-voz Brussels Airlines, explicou que “para a Brussels Airlines isto significa 3 mil voos, que poderiam ser evitados de um ponto de vista ecológico e económico, apenas para salvaguardar os nossos direitos de descolagem e aterragem”.
O ministro da Mobilidade da Bélgica, George Gilkinet, já escreveu uma carta à Comissão Europeia a pedir uma flexibilização das regras “para que não tenhamos aviões vazios no céu”.