4000 beagles resgatados nos EUA que iam para laboratórios
Cerca de 4000 beagles foram resgatados de um centro de criação em massa, na Virgínia, nos Estados Unidos, depois de uma decisão judicial. Os cães, que pertenciam à empresa Envigo, eram criados e vendidos para serem usados em investigação farmacêutica e biotecnológica.
Investigações governamentais realizadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA à empresa revelaram dezenas de violações aos direitos dos animais durante os últimos nove meses, como, por exemplo, a morte de 300 cachorros por causas desconhecidas.
A Humane Society of the United States (HSUS), que é responsável pela transferência dos 4000 beagles, divulgou que a comida que era dada pela Envigo aos animais tinha larvas, mofo e fezes e que as beagles fêmeas lactantes não tinham acesso à comida.
“Durante um período de oito semanas, 25 cachorros morreram de frio. Outros cães sofreram ferimentos por terem sido atacados por outros cães por estarem sobrelotados”, disse Kitty Block, a diretora executiva da HSUS.
Segundo Kitty, os animais dos laboratórios Inotiv (dona da Envigo) durante os testes de toxicidade de medicamentos são submetidos a “altas doses de drogas através de tubos ou por via intravenosa, às vezes várias vezes ao dia”.
A Inotiv já anunciou o fecho deste estabelecimento da Envigo na Virgínia.
A Humane Society tem agora menos de dois meses para retirar e realojar os cães. “Encontrar parceiros que consigam criar espaço e encontrar lares para cerca de 4000 cães no verão, uma época do ano em que os abrigos de animais já estão com excesso de capacidade, será uma proeza de proporções épicas”, escreveu a HSUS.
De acordo com o NY Post, esta é uma das maiores operações de resgate de cães nos EUA.