As baterias de lítio estão em todo lado, nos automóveis elétricos, nos smartphones, nos portáteis e em outros aparelhos eletrónicos.

Estas baterias de iões de lítio (Li-ion) armazenam energia de forma eficiente e durante um longo período.

No entanto, o lítio está associado a problemas ambientais: são necessários 2,2 milhões de litros de água para produzir uma tonelada de lítio, a sua extração prejudica o solo e pode levar à contaminação do ar.

As baterias de lítio podem ser recicladas, mas não têm sido feitos grandes avanços na reciclagem destas baterias nos últimos anos.

Prevê-se também que o lítio não venha a ser suficiente para todas as necessidades mundiais.

É possível substituir-se o lítio por sódio?

O sódio, presente no sal e primo químico do lítio, é uma das matérias-primas mais abundantes na Terra o que faz com que as baterias de iões de sódio venham a ser mais baratas.

A CATL, um fabricante chinês, anunciou que vai montar uma cadeia logística, em 2023, para começar a produzir baterias de iões de sódio em escala, um investimento que pode marcar o início de uma nova era destas baterias. Na sua lista de clientes estão a Tesla e a Volkswagen. Entretanto, a CATL lançou recentemente uma bateria que combina lítio e sódio.

Relativamente às desvantagens, as baterias de sódio são mais pesadas e têm menor densidade energética (capacidade de guardar energia por unidade de volume) do que as de lítio, mas têm melhor performance em ambientes frios e em cenários de carregamento rápido. Uma bateria de iões de sódio tem uma densidade energética de 160 Wh/Kg e uma bateria de lítio entre 200 a 250 Wh/Kg.

O ião sódio gosta de calor e não precisa de sensor de temperatura, que é das partes mais caras nos automóveis elétricos e também não precisa de sistema de refrigeração nem proteções de bateria, como acontece nas tradicionais de ião lítio que podem aquecer muito e explodir.

O sódio pode também vir a ser uma alternativa a outras materiais raros usados nas baterias, como o cobalto e o níquel.