O UniPlanet falou com Ana Inês Palminha, a criadora da Palmie, que nos apresentou este projeto.

UniPlanet (UP): Como nasceu a Palmie?

Nasceu da necessidade de encontrar uma solução mais próxima dos valores e mudanças, que vinha a fazer no meu estilo de vida pessoal. Como hobby, decorava as festinhas dos amigos, com tudo o que havia no mercado, e foi quando desmontava (aquela que seria a última festa assim), que decidi que não podia continuar a rebentar balões e acabar, normalmente, com pelo menos, 2 sacos grandes de lixo.

Comecei a dar voltas à cabeça e a fazer inúmeras pesquisas, para encontrar soluções mais sustentáveis, mas o descartável em papel continuava a não me fazer sentido. Inspirada num casal amigo, A Maria e o Rui (Kitchen Dates), com o seu restaurante sem lixo, questionei-me se seria possível, e como, fazer uma festa com a menor pegada ambiental possível. E assim nasceu a Palmie – festas sem lixo.

UP: Como funciona uma festa sem desperdício?

A festa em si, é para ser vivida como qualquer festa, em termos práticos e de logística, a grande diferença é mesmo o zero impacto de descartáveis e lixo.

Todo o serviço de mesa é reutilizável, colorido, higiénico e seguro. Os guardanapos são de tecido, é normal, por vezes, ficarem esquecidos nos bolsos dos convidados. Todos os elementos decorativos têm múltiplas vidas e, na sua maioria, são peças, objetos ou bonecos lá de casa, de familiares e amigos. Ou compro em 2.ª mão, mas caso não encontre, recorro então às lojas convencionais, sempre com o objetivo de dar mais que uma vida/temas ao que comprei.

Criativamente, o desafio é me muito mais interessante, do que no passado. Estou sempre a ver como descontextualizar este ou aquele objeto, encontrar novas funções para outros ou recriar ambientes sem recorrer a papelaria, que tanto gostava. Por último, e não menos importante, disponibilizo sempre 2 caixotes, os palmie-caixotes: um para lixo orgânico e outro para papel e plástico (das prendas), que depois recolho e separo, para a reciclagem.

UP: Que tipo de festas temáticas organizas?

Confesso que temas mais abertos fascinam-me mais, como criar o ambiente do fundo do mar, dos dinossauros, das cores, da quinta dos animais ou da selva. Quando existe uma personagem especifica, requer artigos próprios da marca ou desenho animado, e por isso, a possibilidade de reinventar, descontextualizar, improvisar, fica mais limitada. Já fiz a festa do Mickey ou do Super Mário, que me deram muito gozo fazer, e há uns quantos que quero mesmo muito fazer, como é o caso do Toy Story!

UP: Onde podemos encontrar mais informação sobre a Palmie?

Podem descobrir e acompanhar os novos temas e festinhas no Instagram  e conhecer melhor a marca e os seus valores, bem como mais detalhes de alguns temas, no site.