O Google apresentou, este mês, o seu teste de dois anos com robots dotados com Inteligência Artificial (IA) que fazem a separação do lixo e de embalagens com um elevado grau de eficiência.

Os robots móveis tinham sistemas de visão e um braço e foram capazes de lidar com as tarefas do mundo real, com uma combinação de dados offline e online, permitindo que se adaptassem a várias situações do mundo real.

O estudo programou os robots, fornecidos pela Everyday Robots, da Alphabet à qual pertence o Google, para procurarem situações com lixo – caixotes para reciclagem, compostagem e lixo. Os robots foram encarregues de separar as embalagens recicláveis ​​(latas e garrafas) e de as colocar nos caixotes para reciclagem, de separar as embalagens compostáveis ​​(recipientes de papel e cartão, copos de papel) e de as colocar no caixote da compostagem e o resto no lixo.

Os robots praticaram também em escritórios reais do Google com lixo real.

O desempenho do sistema melhorou à medida que mais dados foram recolhidos, tendo apresentado uma precisão de 84%. Em dois anos, os robots realizaram 540.000 tentativas em sala de aula e 32.500 no mundo real.

O estudo mostrou que os sistemas de aprendizagem por reforço (Reinforcement Learning – RL) podem permitir que os robots separem os resíduos enquanto interagem com o seu ambiente. Os robots recebiam feedback através de recompensas de forma a otimizarem as suas ações para maximizarem a recompensa final.

A equipa desta investigação explicou que o mundo real é complexo, variado e que vai mudando com o tempo, por esta razão os robots com RL têm dificuldade a adaptarem-se e, por isso, ainda não são muito usados ​​no dia a dia.