Normalmente quando pensamos em plásticos descartáveis e o seu impacto no ambiente, raramente nos lembramos de produtos de beleza como as unhas postiças e as pestanas sintéticas. Como são pequenas, não consideramos o real impacto que têm.

Segundo dados do Green Circle, a indústria de beleza norte-americana envia cerca de 400 kg de resíduos a cada minuto para o aterro.

As unhas de acrílico são feitas de acrílico, um tipo de plástico. Estas unhas são normalmente de uso único e têm uma vida útil curta (duram entre seis a oito semanas). As unhas de acrílico não são biodegradáveis nem compostáveis.

As unhas de acrílico costumam ser decoradas com glitter que é um microplástico. Quando lava as mãos ou toma banho o glitter acaba por ir com a água e por chegar a rios ou ao oceano, podendo ser confundido com comida por animais marinhos. Uma vez nos seus estômagos este plástico não é digerido e pode ir-se acumulando em animais pequenos. Se lixar ou cortar as unhas de acrílico na banheira ou na sanita este plástico chegará também aos cursos de água.

As unhas postiças que se vendem em caixinhas de plástico nas lojas são também muitas vezes feitas de plástico. São mais fáceis de reutilizar do que as unhas de acrílico, tendo uma vida útil um pouco mais longa. Quando são descartadas não são recicláveis, biodegradáveis nem compostáveis.

As pestanas sintéticas são feitas com uma mistura de fibras de acrílico, náilon ou poliéster, ou seja, também são feitas de plástico. As extensões de pestanas sintéticas duram até três meses, depois serão descartadas e como são feitas de plástico não são biodegradáveis nem compostáveis e também não são recicláveis. As pestanas que caem no banho acabam por ir parar a cursos de água e por fim ao oceano onde não se degradarão e como são pequenas poderão acabar por ser comidas por animais marinhos pequenos como peixes e mariscos, que podem depois acabar por ser comidos por humanos.

Quando as unhas postiças e as pestanas sintéticas são deitadas no lixo, acabam em aterros onde ficarão durante centenas de anos, pois o plástico não se biodegrada, tornando-se apenas por ação do sol em pedaços cada vez mais pequenos.

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