E-REDES e parceiros: há 20 anos a tornar as linhas elétricas mais seguras para as aves
A E-REDES e os seus parceiros têm, ao longo de 20 anos, tornado as linhas elétricas mais seguras para as aves.
Este projeto tem avaliado o impacto nas aves selvagens das linhas de distribuição de energia elétrica aéreas de média e alta tensão (MT e AT), em áreas protegidas ou classificadas e noutras áreas sensíveis. As ações de preservação da avifauna promovidas desde 2002, concentram-se sobretudo em áreas como o Parque Natural do Douro Internacional, a Zona de Proteção Especial (ZPE) do Tejo Internacional, a ZPE de Castro Verde e o Parque Natural da Serra de S. Mamede.
Este trabalho assenta em parcerias estabelecidas entre a E-REDES, o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) e ONGAs como a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), a Associação Nacional de Conservação da Natureza (QUERCUS) e a Liga para a Proteção da Natureza (LPN).
Nestes últimos 20 anos, corrigiram linhas existentes e implementar linhas novas, numa extensão de 1.372 km de rede MT e AT, com soluções de proteção de avifauna em áreas classificadas. Foram estabelecidos nove protocolos Avifauna e ocorreu a redução da mortalidade por colisão e eletrocussão de espécies selvagens com elevado estatuto de conservação com o a Águia Imperial ibérica, o Abutre preto, a Aguia de Bonelli ou a Abertada.
Para evitar a colisão e eletrocussão das aves com as linhas elétricas aéreas de Alta e Média Tensão, foram instaladas as seguintes soluções nas infraestruturas elétricas:
- Tecnologias anticolisão convencionais: colocação de espirais de sinalização duplas nas linhas, tornando-as mais visíveis para as aves em voo.
- Novas tecnologias anticolisão: colocação de dispositivos nas linhas (fitas ou rotativos), tornando-as mais visíveis para as aves em voo. Estas tecnologias têm vindo a revelar-se mais eficazes na redução da mortalidade.
- Tecnologias anti-eletrocussão (soluções inovadoras): isolamento das partes sensíveis em tensão adjacentes aos apoios de rede.
A E-REDES em colaboração com o ICNF, remove ninhos de Cegonha-branca, quando estes colocam em risco a espécie e a rede elétrica. Sempre que solicitado pelo ICNF, os ninhos são transferidos para apoios dedicados. Simultaneamente, instalam dispositivos dissuasores de nidificação nos apoios de rede.
1ª Foto: CERAS