Em fevereiro deste ano saiu um relatório intitulado “A Fraude da Reciclagem de Plástico” do Centro para a Integridade Climática (CCI) dos Estados Unidos. O estudo revelou que a indústria sabia há mais de três décadas que a reciclagem não era uma solução economicamente viável para gerir estes resíduos.

Um relatório interno de 1986 da associação comercial Vinyl Institute afirmou que “a reciclagem não pode ser considerada uma solução permanente para resíduos sólidos [plásticos], pois apenas prolonga o tempo até que um item seja descartado”.

A maioria dos plásticos não poder ser reutilizado e o custo da reciclagem é mais elevado do que a produção de plástico virgem. O plástico é difícil de reciclar e isto requer uma triagem cuidadosa, pois os milhares de variedades diferentes de plástico não podem ser reciclados juntamente. Segundo o relatório, este material degrada-se de cada vez que é utilizado, pelo que só pode ser reutilizado poucas vezes.

Richard Wiles, do CCI, considera que “o primeiro passo para se resolver o problema [da poluição dos plásticos] é responsabilizar as empresas”.

Segundo um estudo de 2023, publicado pelo Centro de Política Global de Plásticos, da Universidade de Portsmouth, Reino Unido, numa colaboração com o movimento “Break Free From Plastic”, a redução da poluição dos plásticos só será possível quando se optar por sistemas de reutilização, sendo que a reciclagem não é a solução.

Os investigadores defendem que se deve passar de um sistema de embalagens de utilização única para embalagens reutilizáveis.

“As embalagens da próxima geração devem ser padronizadas, empilháveis e etiquetadas eletronicamente, e devem ser duradouras, leves, laváveis e não tóxicas”, explicam.

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