Programa Nova Indústria Brasil projeta futuro resiliente e sustentável
O futuro da indústria brasileira está em transformação e a descarbonização será um de seus pilares fundamentais. Com o lançamento do programa ‘Nova Indústria Brasil’, abre-se um caminho promissor rumo a uma produção mais limpa e sustentável.
A sustentabilidade é uma questão premente que permeia todos os setores da sociedade, e a indústria não é exceção. À medida que nos esforçamos para construir um futuro mais verde e resiliente, é crucial que os pilares da sustentabilidade estejam integrados em todas as facetas do nosso desenvolvimento econômico e industrial. Nesse contexto, o Programa Nova Indústria Brasil emerge como uma oportunidade promissora para alinhar os objetivos econômicos com os princípios da sustentabilidade ambiental e social no Brasil e pode servir de referência para o Mundo.
O Programa Nova Indústria Brasil visa impulsionar a competitividade e a inovação da indústria nacional, promovendo a modernização e a eficiência dos processos produtivos. No entanto, é essencial que este impulso em direção à modernização seja acompanhado por um compromisso igualmente forte com a sustentabilidade. Afinal, não podemos mais separar o sucesso econômico da responsabilidade ambiental e social.
Uma indústria verdadeiramente moderna e competitiva é aquela que opera de forma sustentável, minimizando seu impacto ambiental e promovendo práticas justas e éticas em toda a sua cadeia de valor. Isso significa adotar tecnologias limpas e eficientes, reduzir o desperdício e as emissões de carbono, garantir condições de trabalho seguras e dignas para os trabalhadores e respeitar os direitos das comunidades locais afetadas por suas operações.
Felizmente, o Programa Nova Indústria Brasil tem o potencial de catalisar essa transformação rumo a uma indústria mais sustentável. Ao incentivar a adoção de tecnologias verdes, promover a eficiência energética e fomentar a inovação em produtos e processos sustentáveis, o programa pode impulsionar o crescimento econômico ao mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental e promove o desenvolvimento social inclusivo.
No entanto, para que essa visão se concretize, é crucial que o governo, as empresas e a sociedade civil trabalhem em conjunto, colaborando para criar políticas e práticas que incentivem e recompensem a sustentabilidade. Isso pode incluir incentivos fiscais para investimentos verdes, regulamentações mais rigorosas para reduzir a poluição e o desperdício, e programas de capacitação e conscientização para promover uma cultura de sustentabilidade dentro das empresas.
Além disso, é fundamental que as empresas assumam a liderança nesse processo, integrando a sustentabilidade em sua estratégia de negócios e assumindo a responsabilidade por seu impacto ambiental e social. Ao fazer isso, não apenas estarão contribuindo para um futuro mais sustentável, mas também estarão fortalecendo sua própria resiliência e competitividade a longo prazo.
Em última análise, a sustentabilidade e o sucesso econômico não são mutuamente excludentes; pelo contrário, são intrinsecamente interdependentes. O Programa Nova Indústria Brasil oferece uma oportunidade única para alinhar esses dois objetivos, criando uma indústria mais moderna, competitiva e, acima de tudo, sustentável. Ao aproveitar essa oportunidade, podemos construir um futuro melhor para todos – para as gerações presentes e futuras.
A nova política tem seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro. Entre os setores que receberão atenção, estão a agroindústria, a saúde, a infraestrutura urbana, a tecnologia da informação, a bioeconomia e a defesa.
Principais medidas anunciadas em março
Nova Indústria Brasil
Missões para o período de 2024 a 2033:
1. Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais
– alcançar 70% de mecanização na agricultura familiar;
– fornecer pelo menos 95% de máquinas e equipamentos nacionais para agricultura familiar.
2. Forte complexo econômico e industrial da saúde:
– atingir 70% das necessidades nacionais na produção de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde.
3. Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis:
– diminuir em 20% o tempo de deslocamento de casa para trabalho;
– aumentar em 25 pontos percentuais adensamento produtivo (diminuição da dependência de produtos importados) na cadeia de transporte público sustentável.
4. Transformação digital da indústria:
– digitalizar 90% das indústrias brasileiras;
– triplicar participação da produção nacional no segmento de novas tecnologias.
5. Bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas:
– cortar em 30% emissão de gás carbônico por valor adicionado do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria;
– elevar em 50% participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes;
– aumentar uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano.