Em Portugal, 27,1% da água que entra na rede de abastecimento é desperdiçada por causa de roturas, avarias e desvios, de acordo com o relatório da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Há concelhos onde a percentagem é muito maior.

Um dos indicadores usados no relatório da ERSAR é o da “Água Não Faturada”, o qual mede as perdas na rede por concelho e entidade gestora de água.

Em Vila Nova de Cerveira, a Câmara Municipal teve perdas de 84,6%, Tabuaço apresentou perdas de 72,9% e Sabugal e Vimioso, ambos tiveram perdas de 70,2%.

Os concelhos que apresentaram menores perdas de água foram Santo Tirso e Trofa (com 8,8%), Vila do Conde (9,3%) e Matosinhos (10,8%). A gestão destes municípios é assegurada pela empresa INDAQUA.

Segundo o relatório, que analisou 219 entidades, 39 têm um desperdício superior a 50% e em 15 não existe medições.

“Se Portugal reduzisse estas perdas, estaria a poupar milhões de litros de água que aumentariam as reservas disponíveis nas nossas albufeiras. É uma «fonte» de água que estamos a desperdiçar, ao mesmo tempo que procuramos soluções que exigem investimentos muito maiores, como transvases, novas barragens ou a dessalinização e que vão produzir mais água para se perder pelo caminho e não chegar ao utilizador final”, afirmou Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA.

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