Cidade na Califórnia Proíbe a Criação de Animais com Características Extremas

Cidade na Califórnia Proíbe a Criação de Animais com Características Extremas

10 de Dezembro, 2024 0

Ojai, uma pequena cidade na Califórnia, tornou-se pioneira nos Estados Unidos ao banir a criação de cães e gatos com características físicas extremas que prejudicam a saúde dos animais. A nova lei, aprovada com uma votação de 4-1, foi celebrada por grupos de defesa dos direitos dos animais e veterinários, mas criticada por organizações como o American Kennel Club (AKC).

A legislação, conhecida como Companion Animal Protection Ordinance, pretende combater a criação de raças braquicefálicas, como os bulldogs franceses, pugs e boxers, conhecidas por terem problemas respiratórios graves devido aos seus focinhos achatados. As raças de pernas curtas, como os corgis e os dachshunds, também estão incluídas na proibição por terem problemas na coluna e nas articulações.

A presidente da Câmara de Ojai, Betsy Stix, defendeu a medida afirmando que criar animais com deformidades que os condenam a uma vida de sofrimento é inaceitável.

A decisão baseou-se em estudos veterinários que demonstram como a criação intencional de animais com traços exagerados tem gerado problemas de saúde crónicos. Os bulldogs franceses, por exemplo, têm uma esperança média de vida de apenas 4,5 anos devido a complicações associadas à sua anatomia.

Embora a lei não mencione raças específicas, descreve 19 características proibidas, como focinhos demasiado curtos, pregas de pele excessivas e posturas corporais anormais. Os defensores da medida esperam que a iniciativa inspire outras cidades a adotarem regulamentos semelhantes.

Os críticos da proibição, incluindo o AKC, defendem que a medida pode incentivar práticas de criação clandestinas e questionam a eficácia da fiscalização. Apesar disso, Ojai junta-se a países como a Noruega, os Países Baixos, a Áustria e a Alemanha, que já implementaram restrições à criação de raças com traços prejudiciais para a saúde dos animais.

A nova regulamentação entrará em vigor em breve e será aplicada pelas autoridades locais, com o objetivo de proteger as futuras gerações de animais de companhia de condições evitáveis ​​e dolorosas.

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