Suíça obriga a declarar sofrimento animal nos rótulos dos alimentos a partir de julho

Suíça obriga a declarar sofrimento animal nos rótulos dos alimentos a partir de julho

16 de Junho, 2025 0

A partir de 1 de julho de 2025, todos os alimentos de origem animal vendidos na Suíça terão de indicar nos rótulos se os animais foram sujeitos a práticas dolorosas durante a sua produção. A decisão, tomada pelo Governo suíço, procura aumentar a transparência para os consumidores e permitir escolhas mais conscientes.

Entre os procedimentos que terão de ser declarados estão práticas como castração ou remoção de cornos de bovinos sem anestesia, corte de cauda e dentes em porcos, ou a extração de pernas de rãs sem qualquer alívio da dor.

O novo regulamento aplica-se a uma vasta gama de produtos como carne, leite, ovos e também foie gras — mesmo que este seja importado, uma vez que a alimentação forçada de patos e gansos está proibida na Suíça há mais de 40 anos, mas ainda é legal noutros países.

A obrigatoriedade de rotulagem abrange não apenas os supermercados, mas também restaurantes, pequenos negócios e lojas especializadas. As empresas terão de garantir, através de autoavaliação, que cumprem as novas exigências.

Importação de peles com origem cruel também será proibida

Na mesma data, entra em vigor uma proibição da importação de peles e produtos com peles obtidos através de práticas cruéis.

As lojas de vestuário, de peles e os vendedores online terão de comprovar que os artigos que vendem respeitam as normas suíças de bem-estar animal. Até agora, a rotulagem obrigatória das peles incluía apenas o tipo de animal, a origem e a proveniência — critérios que, segundo o Governo suíço, não eram suficientes: em 2023, cerca de 60% das lojas inspecionadas não cumpriam a lei.

Com as novas regras, os produtos que não cumprirem os critérios serão retirados do mercado e os infratores poderão ser alvo de processos judiciais.

As autoridades suíças concederam um período de transição de dois anos para que todas as entidades se adaptem às novas normas. Até lá, consumidores e empresas têm tempo para se prepararem para um mercado mais transparente e eticamente responsável.

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