Singapura vai proibir o comércio de marfim de elefante
O Governo de Singapura anunciou que vai proibir o comércio interno de marfim de elefante a partir de setembro de 2021, fechando assim a porta para um importante mercado deste produto.
“A proibição significará que a venda de marfim de elefante e de produtos de marfim, assim como a exibição pública destes produtos para fins de venda, será proibida”, anunciou o Conselho dos Parques Nacionais, uma agência governamental.
No mês passado, foram apreendidas, na cidade-estado, quase nove toneladas de presas de marfim contrabandeado, pertencentes a cerca de 300 elefantes africanos. O carregamento ilegal, proveniente da República Democrática do Congo, tinha como destino o Vietname e também incluía 12 toneladas de escamas de pangolim.
Embora o comércio internacional de marfim esteja proibido, em grande medida, desde 1990, sob a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES), muitos países permitem a comercialização de marfim adquirido antes desta data.
Os conservacionistas avisam que este comércio facilita o branqueamento de marfim ilegal e impulsiona a caça furtiva de elefantes. Estima-se que cerca de 20 mil elefantes africanos sejam mortos todos os anos para satisfazer a procura global de marfim.
Com a medida agora anunciada, Singapura juntar-se-á à China, Taiwan e Hong Kong, que já proibiram o comércio doméstico de marfim ou se preparam para o fazer.