3 de Fevereiro, 2011

? (Quem fez ao sapo o leito carmesim) – Poema de Florbela Espanca

Quem fez ao sapo o leito carmesim De rosas desfolhadas à noitinha? E quem vestiu de monja a andorinha, E perfumou as sombras do jardim? Quem cinzelou estrelas no jasmim? Quem deu esses cabelos de rainha Ao girassol? Quem fez o mar? E a minha Alma a sangrar? Quem me criou a mim? Quem fez […]

3 de Maio, 2010

A Poetisa de Peroguarda – Virgínia Dias

“Cante ao Menino” – tradicional do Alentejo – numa das mais belas versões: a de Virgínia Dias, de Peroguarda, Ferreira do Alentejo (no fim do cante dá uma explicação sobre a música). Virgínia Dias nasceu a 16 de Agosto de 1935, no Alentejo. Filha de camponeses, concluiu apenas o ensino primário. Abandonou a escola (e […]

2 de Abril, 2010

Pirogravura em Ovos

11 de Março, 2010

“O quê? Valho Mais que uma Flor” – Poema de Alberto Caeiro

O quê? Valho mais que uma flor Porque ela não sabe que tem cor e eu sei, Porque ela não sabe que tem perfume e eu sei, Porque ela não tem consciência de mim e eu tenho consciência dela? Mas o que tem uma coisa com a outra Para que seja superior ou inferior a […]

4 de Março, 2010

D. Carlos, o Rei Pintor e Oceanógrafo

D. Carlos I de Portugal teve como cognome “O Oceanógrafo“, por causa da sua paixão pela oceanografia. Ainda jovem, conhecera o escritor francês Júlio Verne, quando este realizou, em 1876, várias viagens pelo Mundo, a bordo do seu iate que fez escala em Lisboa. Durante essa escala na capital, proporcionou-se uma recepção a Júlio Verne, […]

13 de Fevereiro, 2010

“Quem Me Quiser” – Poema de Rosa Lobato de Faria

Quem me quiser há-de saber as conchas a cantiga dos búzios e do mar. Quem me quiser há-de saber as ondas e a verde tentação de naufragar. Quem me quiser há-de saber as fontes, a laranjeira em flor, a cor do feno, a saudade lilás que há nos poentes, o cheiro de maçãs que há […]

27 de Janeiro, 2010

Mozart e o Estorninho

Wolfgang Amadeus Mozart comprou, em 1784, um estorninho: uma ave de plumagem negra, pintalgada, com reflexos metalizados verdes e roxos, com um canto muito variado e complexo, onde se incluem imitações de vários sons e pássaros. Para além de anotar a aquisição do pássaro, Mozart escreveu, no seu caderno de notas, uma curta transcrição do […]

18 de Janeiro, 2010

O Douro de Miguel Torga

“O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes […]

22 de Dezembro, 2009

“Balada da Neve” – Poema de Augusto Gil

Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente e a chuva não bate assim. É talvez a ventania: mas há pouco, há poucochinho, nem uma agulha bulia na quieta melancolia dos pinheiros do caminho… Quem bate, assim, levemente, com tão estranha leveza, que mal se ouve, mal […]

18 de Outubro, 2009

“Só a Natureza é Divina” – Poema de Alberto Caeiro

Só a Natureza é divina, e ela não é divina… Se falo dela como de um ente É que para falar dela preciso usar da linguagem dos homens Que dá personalidade às cousas, E impõe nome às cousas. Mas as cousas não têm nome nem personalidade: Existem, e o céu é grande e a terra […]

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