Para evitar extinção da vaquita marinha, México lança “plano desesperado”

Para evitar extinção da vaquita marinha, México lança “plano desesperado”

10 de Outubro, 2017 0

vaquita marinha

O México vai tentar capturar e proteger algumas das últimas vaquitas marinhas do planeta, numa tentativa desesperada para salvar estes pequenos cetáceos da extinção. Nos últimos cinco anos, os números de vaquitas caíram 90%, restando apenas 30 destes animais na natureza, segundo as estimativas dos especialistas.

A operação tem início previsto para 12 de outubro e utilizará golfinhos da Marinha norte-americana, treinados para localizar as vaquitas marinhas.

“Apoiamos este esforço de último recurso para salvar a vaquita da extinção, mas este não deveria ser usado como desculpa para permitir que a pesca continue no seu habitat”, disse Alex Olivera, representante do Centro para a Diversidade Biológica do México. “Estes animais merecem viver livres no Golfo da Califórnia, mas isso nunca acontecerá até o governo mexicano eliminar a pesca com redes de emalhar ilegais que levou estes cetáceos ao limiar da extinção.”

Os exemplares capturados serão transportados para um refúgio no Golfo, para que fiquem protegidos da pesca ilegal. As autoridades esperam que os cetáceos se reproduzam, eventualmente, fazendo crescer os seus números, para que um dia possam sobreviver no seu meio natural, de novo.

“Esta opção arriscada tornou-se a única alternativa, mas as vaquitas nunca antes foram capturadas vivas, por isso este esforço é incerto, explicou Alex Olivera.

“É uma operação de alto risco que está a acontecer porque o governo mexicano se tem mostrado incapaz de proteger os animais na natureza. Isto tem de mudar se queremos que a vaquita tenha algum futuro”, disse.

O Centro para a Diversidade Biológica apontou alguns passos críticos que devem ser dados para a preservação da vaquita, que incluem a aplicação eficaz de regras para deter as atividades de pesca ilegal, a expansão de uma “área de refúgio” no Golfo da Califórnia que abranja todo o habitat da espécie e a proibição da posse e transporte de redes de emalhar.

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