Artista colombiano faz arte a partir de canetas, lápis e balas

22 de Julho, 2016 0

Federico Uribe nasceu em Bogotá, Colômbia, estudou arte na Universidade de Los Andes, em Bogotá, e vive em Miami.
Em 1996, abandona os pincéis e é atraído pela beleza, geralmente negligenciada, de objetos simples, como fios elétricos, canetas, teclas de piano, livros, sapatos e lápis de cor de vários tamanhos, entre outros. Começou a observá-los com cuidado, colocou-os lado a lado e a combinou-os. Eles tornaram-se instrumentos incomuns de uma nova estética, cheios de cor, ironia e animada brincadeira – o resultado é absolutamente lunático. As suas “telas” poderiam ser pintadas a óleo, com aquarelas ou outra técnica convencional; contudo, elas são feitas artesanalmente com colagem de materiais.

O título das suas obras é muito importante porque revela as suas profundas ligações com a língua e a literatura. “Muitos dos meus trabalhos começam de palavras”, diz Uribe, “eu começo muitas vezes com um nome e olho para os meus objetos, outras vezes o objeto faz-me pensar na palavra, e eu exploro isto para criar um trabalho.”

As suas obras deixam na memória de quem as vê uma mensagem de humor, beleza e amor. Sendo um artista de um país em guerra durante cerca de metade de um século esta concretização é uma forma de reconciliação com a vida: “Tenho esperança, que as pessoas se identifiquem com as minhas esculturas e vivam com elas, vejam o amor que pus nelas. Desejo que as pessoas sintam que faço isto com muita minuciosidade e com a beleza em mente. Dedico a minha vida ao meu trabalho e desejo que as pessoas vejam isso.”

 

 

 

As pessoas matam animais para fazer sapatos, eu destruo sapatos para criar animais, diz Federico Uribe.
“As pessoas cortam árvores para fazer livros, eu destruo livros para fazer árvores.”

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